2004/01/27
Que país é este, onde as televisões, na hora do principal serviço noticioso,
utillizam 45 minutos de antena, com imagens sobre a morte de um jogador
de futebol? Será que toda a gente ensandeceu? Será que todos perderam
o norte? Ou voltámos aos tempos do "Futebol, Fátima e outra coisa em F"?
Não haverá maneira de colocar as emoções no devido lugar?... Coisa assim,
espectáculo como este, só foi visto aquando do ataque às Torres Gémeas,
em Nova Iorque, no 11 de Setembro de 2001. Mas haverá algum paralelo
entre estes dois acontecimentos? Claro, que não há. O que estamos a ver,
é a exploração dos sentimentos daqueles que gostam e amam o futebol,
pelos outros, aqueles que exploram até ao tutano, a desgraça, a dôr e a
morte de um ser humano. O espectáculo macabro, oferecido ontem pelos
tres canais de televisão, mostram até que ponto, a luta pelas audiências,
se pode transformar em espectáculo canibalesco, em vez de termos um
registo noticioso comedido, isento e respeitador dos sentimentos alheios.
É vergonhoso o seguidismo do canal público RTP, alinhando com os outros
canais, na busca de audiências. O assunto em questão, em qualquer canal
de televisão estrangeiro, teria o espaço adequado. Dez minutos, era
demais; 45 minutos, é uma desbunda, só possivel neste país pequenino...
Espera-se lucidez e serenidade da parte de todos, em especial dos dirigentes
do futebol. Mas não vai ser fácil, pelo que se viu ontem, por parte do líder
da Super Liga, major Valentim Loureiro, que se mostrou irritado, e sempre
a defender os clubes, como se estivesse a ser atacado. É um líder exaltado,
trauliteiro -- como sempre -- incapaz de transmitir paz e tranquilidade aos
adeptos do futebol. (Tambem já era tempo, de renovarem os quadros).
Na Blogosfera, viu-se de tudo. Não houve unanimidade, mas o confronto de
ideias foi pacífico na maioria dos blogues. No Mar Salgado, o registo de PC
fala de "os escravos de ouro", referindo-se aos jogadores a quem são pagos
elevados salários, mas que, por via disso, se tornam escravos do sistema;
do mesmo blogue, TRM escreve sobre o objecto de que nunca se falou no
programa para o "Euro 2004" -- o desfibrilhador; no Mata Mouros, LR pinta
o quadro como uma "feira de vaidades", onde aparecem os políticos e todos
aqueles que aproveitam a maré para aparecerem nas televisões; registe-se
ainda a opinião da Rita, no sentido de contra-maré, e que, por isso, parece
ter sido bastante acusada, quando apenas pretendia exprimir outro olhar;
há ainda o caso simples do Vila do Conde-Quási Diário, que apenas fez um
breve registo, como quem apresenta sentidas condolências; e encontrámos
o Intimista que, ao sugerir à sua turma de alunos, em Vizeu, para fazerem
um minuto de silêncio, constatou com surpresa, como a morte é sentida até
pelos mais jovens... que homenagearam Fehér em comovido silêncio.
São Petersburgo, antiga Leninegrado, festejou ontem o 60º aniversário
da libertação da cidade, que resistiu durante 900 dias aos ataques das
forças nazis, acabando por se retirarem e levantar o cerco à cidade.
Ao centro vê-se a Coluna de Alexandre e o Palácio de Inverno ao fundo.
Que surpresa está para vir das eleições primárias em
New Hampshire, onde as sondagens davam como favorito
John Kerry, mas onde as primeiras contagens dão como
vencedor Wesley Clark? Vamos ter mais uma surpresa?
utillizam 45 minutos de antena, com imagens sobre a morte de um jogador
de futebol? Será que toda a gente ensandeceu? Será que todos perderam
o norte? Ou voltámos aos tempos do "Futebol, Fátima e outra coisa em F"?
Não haverá maneira de colocar as emoções no devido lugar?... Coisa assim,
espectáculo como este, só foi visto aquando do ataque às Torres Gémeas,
em Nova Iorque, no 11 de Setembro de 2001. Mas haverá algum paralelo
entre estes dois acontecimentos? Claro, que não há. O que estamos a ver,
é a exploração dos sentimentos daqueles que gostam e amam o futebol,
pelos outros, aqueles que exploram até ao tutano, a desgraça, a dôr e a
morte de um ser humano. O espectáculo macabro, oferecido ontem pelos
tres canais de televisão, mostram até que ponto, a luta pelas audiências,
se pode transformar em espectáculo canibalesco, em vez de termos um
registo noticioso comedido, isento e respeitador dos sentimentos alheios.
É vergonhoso o seguidismo do canal público RTP, alinhando com os outros
canais, na busca de audiências. O assunto em questão, em qualquer canal
de televisão estrangeiro, teria o espaço adequado. Dez minutos, era
demais; 45 minutos, é uma desbunda, só possivel neste país pequenino...
Espera-se lucidez e serenidade da parte de todos, em especial dos dirigentes
do futebol. Mas não vai ser fácil, pelo que se viu ontem, por parte do líder
da Super Liga, major Valentim Loureiro, que se mostrou irritado, e sempre
a defender os clubes, como se estivesse a ser atacado. É um líder exaltado,
trauliteiro -- como sempre -- incapaz de transmitir paz e tranquilidade aos
adeptos do futebol. (Tambem já era tempo, de renovarem os quadros).
Na Blogosfera, viu-se de tudo. Não houve unanimidade, mas o confronto de
ideias foi pacífico na maioria dos blogues. No Mar Salgado, o registo de PC
fala de "os escravos de ouro", referindo-se aos jogadores a quem são pagos
elevados salários, mas que, por via disso, se tornam escravos do sistema;
do mesmo blogue, TRM escreve sobre o objecto de que nunca se falou no
programa para o "Euro 2004" -- o desfibrilhador; no Mata Mouros, LR pinta
o quadro como uma "feira de vaidades", onde aparecem os políticos e todos
aqueles que aproveitam a maré para aparecerem nas televisões; registe-se
ainda a opinião da Rita, no sentido de contra-maré, e que, por isso, parece
ter sido bastante acusada, quando apenas pretendia exprimir outro olhar;
há ainda o caso simples do Vila do Conde-Quási Diário, que apenas fez um
breve registo, como quem apresenta sentidas condolências; e encontrámos
o Intimista que, ao sugerir à sua turma de alunos, em Vizeu, para fazerem
um minuto de silêncio, constatou com surpresa, como a morte é sentida até
pelos mais jovens... que homenagearam Fehér em comovido silêncio.
São Petersburgo, antiga Leninegrado, festejou ontem o 60º aniversário
da libertação da cidade, que resistiu durante 900 dias aos ataques das
forças nazis, acabando por se retirarem e levantar o cerco à cidade.
Ao centro vê-se a Coluna de Alexandre e o Palácio de Inverno ao fundo.
Que surpresa está para vir das eleições primárias em
New Hampshire, onde as sondagens davam como favorito
John Kerry, mas onde as primeiras contagens dão como
vencedor Wesley Clark? Vamos ter mais uma surpresa?
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