2004/01/31

 
O PP/cds não quer "abortar" o futuro da actual coligação governamental
por causa do referendo sobre o aborto. Pelo menos é essa a conclusão a
que chegamos, depois das declarações feitas por Durão Barroso sobre o
assunto, reafirmando que não seria nesta legislatura que se iria repetir
o referendo. Por outro lado, dentro do PP/cds, verifica-se uma tendência
para "arrumar" este caso, antes de um eventual acordo para continuar
com a presente coligação. Trata-se de assunto que incomoda o PP/cds,
mas com o qual Durão Barroso tambem não está tranquilo, temendo que
os seus deputados não respeitem as orientações do PSD numa votação.

Continuamos a assistir a uma série de atentados, não apenas nas terras
da Palestina e Israel -- fonte de todos os terrorismos -- mas ainda no distante
Afganistão e no Iraque ocupado. Em Cabul, têm sido vitimas soldados da Nato,
e cívis inocentes; no Iraque, onde todos os dias morrem civis, são as tropas
da mini-coligação chefiada pelos EUA e Inglaterra, que são atingidas com
mais intensidade. Numa altura em que os EUA procuram passar para a ONU
a responsabilidades do pós-guerra, verificam-se, com intensidade cada vez
maior, atentados em quase todas as principais cidades do país. E tudo leva
a crer que, mesmo depois de eleições, o Iraque pode descambar numa guerra
civil. A ONU vai meter-se num buraco negro, onde ficará muito chamuscada.

As perspectivas para o corrente ano não são muito animadoras. Para os EUA,
a salvação, é largarem o Iraque, mas a ONU vai sair de lá muito prejudicada.
A guerra desastrada, deixou um país sem controlo de fronteiras, deixando as
portas abertas para entrarem os membros da Al-Qaeda, mas tambem os
combatentes da "jhiad" de diversos países islâmicos. A guerra do Iraque
parece ter fortalecido a Al-Qaeda, não apenas no Afeganistão, onde se nota
o reagrupamento dos combatentes, como ainda ganhou entrada no Iraque.
As coisas estão muito complicadas: George Bush quer ganhar a re-eleição,
mas não prendeu Bin Laden; queria apaziguar o Iraque, mas apenas destruiu
a vida da classe média, porque a instabilidade criminosa é agora mais forte
do que era antes da guerra; queria ver a economia do seu país recuperar para
ter um trunfo, mas basta um pequeno atentado, e tudo cai como baralho de
cartas. Não sabemos o que poderá acontecer, daqui até 30 de Junho...

O mundo ocidental anseia por paz e crescimento económico, mas tem George
Bush que pensa mais em fazer a guerra do que recuperar a economia. Noutra
parte do mundo, os "tigres asiáticos", não têm "fazedores de guerras", mas
encontram-se "constipados" por causa dos frangos, patos e galinhas... Não
lhes bastava a SARS, chegou-lhes agora a gripe dos galináceos. Estes dois
fenómenos, são o bastante para não deixarem a economia global avançar
com resultados positivos para todos. Perde o turismo, as companhias de
aviação, os hoteis, restaurantes, supermercados, aviários, exportadores.
Todos ficam a perder, e vão atrasar-se na recuperação, porque muita coisa
vai ficar "contaminada" -- como seja a confiança dos consumidores.






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