2004/01/25

 
Depois de ter lido no "Público" de hoje, o oportuno e bem documentado
trabalho sobre o presídio do Tarrafal, fiquei convencido de que, tambem nós,
os portugueses, durante a ditadura de Oliveira Salazar, tivemos um hediondo
"campo de Auchwitz", conhecido pelo nome de "Campo da morte lenta". Não
era um crematório, mas sim uma infame colónia penal destinada aos presos
de consciência políica, onde os presos eram entregues ao torcionários da PIDE.
Após a leitura desta peça do "Público", resta-me citar Edmundo Pedro:"Quando
ouço hoje alguns historiadores de televisão falar na lenda do Tarrafal e fingir
que não houve fascismo em Portugal... apetece-me ir-lhes à cara".

Mário Mesquita escreve hoje no "Público" sobre "as missas laicas da televisão"
para se referir aos comentadores que opinam sobre assuntos relacionados
com a sua própria acçao política e representam uma promiscuidade absurda
entre "quem" comenta e "quem" é comentado. Mário Mesquita cita "situações
ridículas" como aquela que se verificou "quando a SIC chamou o burgomestre de
Lisboa [Pedro Santana Lopes] na qualidade de comentarista a analizar, sobre a
hora, o discurso do presidenta da República". Efectivamente, situações como esta
são rídiculas, provincianas, destinadas apenas a promover o tal "burgomestre"...

Porque hoje é domingo, fico-me por aqui, dando lugar a um grande país irmão.

O presidente brasileiro, Lula da Silva, encontra-se na Índia para uma estadia
de quatro dias, como convidade de honra, para assistir amanhã às cerimónias
do Dia da República, em Nova Delhi, devendo depois deslocar-se a diversos
outros estados da União Indiana, para contactar com a realidade económica
daquela grande nação asiática, que nos próximos vinte anos deverá conhecer
um desenvolvimento económico espectacular, superado apenas pela China.

A cidade de São Paulo, que tem mais de 10 milhões de habitantes e está
entre as 20 maiores economias do mundo, prepara-se para celebrar com
pompa os 450 anos da sua fundação. A cidade fundada pelos Bandeirantes
tem uma comunidade de 2 milhões de japoneses, a maior fora do Japão.

Imagem da Avenida Paulista, captada a partir de tunel subterrâeo. Esta
zona central da cidade, que hoje é o maior centro financeiro de toda a
América do Sul, era dantes uma zona de palacetes dos senhores do café
e dos industriais poderosos, com fábricas enormes na zonas periféricas.






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