2004/01/29

 
A contestar Eduardo Cintra Torres (ECT), pelas referências feitas na sua
crónica de segunda-feira, no "Público", com o título "A imprensa é livre, os
jornalistas não", onde mencionava alguns jornalistas da SIC, vêm hoje os
mesmos ripostar contra aquele crítico de televisão. Mas fazem-no em tais
termos, que o leitor em vez de ficar esclarecido, fica apenas irritado, não
só porque não encontra novos dados, mas por verificar a falta de cortesia
existente entre os jornalistas. Alcides Vieira, director de informação da
SIC, diz que o texto de ECT é "mentiroso e insultuoso" e que "o escriba
voltou a ladrar cheio de raiva"... Alcides Vieira não acredita que "o meio de
trabalho pode exercer influência sobre o indivíduo" e muito menos "pode
constranger a sua liberdade".

Daniel Cruzeiro, editor executivo da SIC e familiar do advogado defensor
de Paulo Pedroso, depois de formular 9 (nove) perguntas começando por:
"Pode um crítico...", acaba por rotular ECT de "crítico tablóide". Mas afirma
que "pediu escusa de tratamento do caso" [da Casa Pia]. Depois vem Sofia
Pinto Coelho (familiar de Jorge Coelho?) dizer que "para proteger a reputação
da SIC... decidiu não ter qualquer intervenção no caso Casa Pia". Finaliza,
pedindo a ECT para, "quando tiver tempo para escrever mais uma linha sobre
mim... aproveite para criticar o meu programa Falar Direito". A fechar, vem
Rita Ferro Rodrigues (familiar de Ferro Rodrigues) dizendo que, em sua opinião,
o autor do texto (ECT), "foi ferido por uma grande dose de ignorância". Mais
adiante, diz que "não fala, nem discute dentro da SIC, com os seus colegas,
o chamado Casa Pia". Declara ainda que, "foi livre de escusa de funções", e
que apenas responde a ECT, "porque, tambem através de mim, tenta atingir
os meus colegas de profissão".

O que está por detrás de todo este frenezim, é o facto de ECT ter referido o
nome de pessoas a trabalhar na SIC, com laços familiares a grande número
de pessoas do processo Casa Pia. Além disso, Carlos Cruz era colaborador
da SIC e Herman José, lá continua. Mas ECT mencionava ainda mais um caso
algo estranho, neste emaranhado de cumplicidades; a SIC entrevistou uma
especialista americana em "falhas de memória infantil", sem revelar que esta
"psicóloga" participava na defesa de Carlos Cruz... De facto, as coincidências
são muitas. Que a SIC, nos últimos meses mostra um desvío na orientação
seguida de ínicio, quando denunciou o escandalo da pedofólia, tambem a
mim parece evidente, sobretudo, a partir da festa dos "Globos de Ouro".

O chocante, em todo este frenezim, é verificar como os profissionais da
informação se tratam uns aos outros, quando têm que desmentir, corrigir ou
pedir direito de resposta. Não admitem os êrros, não têm humildade nem
coragem para ser isentos, e confessar que se enganaram. Mais, mostram como
não se respeitam uns aos outros, como se achincalham, e se odeiam. O director
da SIC diz de ECT: "o escriba voltou a ladrar cheio de raiva"; o Daniel Cruzeiro,
chama a ECT "o crítico tablóide"... Então, meninos, cuidado com os bibes...

"Enganos, não são mentiras" -- diz José Manuel Fernandes (JMF) no editorial
de hoje, no "Público", a propósito da nova estratégia Blair/Bush, para fazerem
esquecer as razões que levaram a fazer a guerra contra tudo e contra todos.
Quer dizer, para JMF é aceitável que um mentiroso, depois de lhe pregar uma
valente peta, se desculpe, dizendo que foi um engano... E tudo fica esclarecido!


Ontem, o Exército de Ariel Sharon, matou nove palestinianos,
que não têm Forças Armadas; hoje os fundamentalistas vingaram-se,
com um ataque suicida perta da residência de Sharon. Dez mortos e
trinta feridos. Não há "potência" com poder, para acabar com isto?



Mais de dois milhões de muçulmanos deslocaram-se a Meca
onde decorrem as cerimónias religiosas, como mostra esta
imagem, com a Kahaba ao centro, onde se conservam as
pedras sagradas do profeta.








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