2004/01/19
Com o alarido da pedofilia, o Governo e o país deixou passar o ano de 2003
sem que nada de relevante tivesse sido feito contra a corrupção e a fraude
fiscal. Não admira que venha agora, o primeiro-ministro, Durão Barroso, dizer
que está "preocupado com o falhanço à fraude fiscal". Porque a administração
fiscal foi incapaz de agir, não apresentou trabalho feito, nem parece ter meios
para actuar no terreno. Perante este quadro de impunidade, não admira que
a cultura da corrupção e da evasão fiscal neste país, continue a desfalcar as
finanças públicas e a contribuir para o défice das contas. Perante esta inacção
do Estado, somos levados a crer que o crime, para alguns compensa, e muito.
O contrapeso ao Governo, por parte da Oposição, tem sido quase invisível,
sobretudo da parte do PS, contribuindo, assim, para o desnorte da coligação
PSD/PPcds, que navega á vista, sem problemas de encalhar na Oposição. Esta,
pela voz de Lino de Carvalho, do PCP, vem dizer agora, que é "baixíssima a
taxa de tributação efectiva das empresas". A procuradora-adjunta, Maria José
Morgado, volta a afirmar que "as acusações e condenações em matéria de
corrupção fiscal, são insignificantes", pelo que se corre "o risco de se tornar
incontrolável" o combate à fraude e evasão fiscal. Dasdas as circunstâncias,
é caso para perguntar: onde está o Estado? Será que os funcionários ligados
ao fisco, não trabalham, não fazem o que deles se espera, fazendo cumprir a
lei aos prevaricadores? Ou este saneamento e resgate dos impostos não
pagos pelos faltosos está a incomodar gente, fora e dentro do Governo?
À margem desta situação, acabamos por saber que "tres investigadores da
Polícia Judiciária, foram arrolados como testemunhas abonatórias (!) de José
Gomes Pires Coelho -- o "Anão"-- considerado o maior traficante de heroína
na Península Ibérica, candidato a cumprir 32 anos de cadeia em Espanha,
mas que está ausente em parte incerta", depois de ter sido extraditado para
Portugal para ser ouvido em mais um crime de tráfico de droga em Faro. As
autoridades depois de o ouvirem, como não havia pedido de "devolução" a
Espanha, soltaram-no, e este escapuliu-se, não se lhe conhece o paradeiro.
Nesta triste cena, não sei que mais lamentar, se o facto irónico de serem citados
tres agentes da PJ para abonar o "Anão", se a ingenuidade e falta de bom
senso das nossas autoridades, quando deram rédea solta ao traficante...
No Brasil, onde está preso um tal Fernandinho Beira-Mar, "casca grossa" do
tráfico no Rio de Janeiro, a polícia federal não trata com tanta benevolência
os traficantes. Numa operação stop em Santa Catarina, prenderam Paulo
Roberto Cozzuol, advogado do Beira-Mar, quando viajava com a mulher a
caminho do Paraguai, onde ia compra armas e droga... Foi-lhe apreendido
cerca de 1 milhão de Reais (400 mil euros), mais uma agenda dos negócios
feitos, tendo confessado à polícia que o traficante Beira-Mar pagava-lhe
1 por cento sobre as vendas. O advogado, procurador do maior traficante
no Rio, ficou preso mais a mulher, sem caução. Ali, crime não compensa.
Hoje é o dia da Epifânia para os ortodoxos russos. Para assinalar a
data um habitante da cidade de Moscovo, banha-se num buraco feito no
gelo que cobre o rio Moskwa, onde a temperatura não convida a nadar.
sem que nada de relevante tivesse sido feito contra a corrupção e a fraude
fiscal. Não admira que venha agora, o primeiro-ministro, Durão Barroso, dizer
que está "preocupado com o falhanço à fraude fiscal". Porque a administração
fiscal foi incapaz de agir, não apresentou trabalho feito, nem parece ter meios
para actuar no terreno. Perante este quadro de impunidade, não admira que
a cultura da corrupção e da evasão fiscal neste país, continue a desfalcar as
finanças públicas e a contribuir para o défice das contas. Perante esta inacção
do Estado, somos levados a crer que o crime, para alguns compensa, e muito.
O contrapeso ao Governo, por parte da Oposição, tem sido quase invisível,
sobretudo da parte do PS, contribuindo, assim, para o desnorte da coligação
PSD/PPcds, que navega á vista, sem problemas de encalhar na Oposição. Esta,
pela voz de Lino de Carvalho, do PCP, vem dizer agora, que é "baixíssima a
taxa de tributação efectiva das empresas". A procuradora-adjunta, Maria José
Morgado, volta a afirmar que "as acusações e condenações em matéria de
corrupção fiscal, são insignificantes", pelo que se corre "o risco de se tornar
incontrolável" o combate à fraude e evasão fiscal. Dasdas as circunstâncias,
é caso para perguntar: onde está o Estado? Será que os funcionários ligados
ao fisco, não trabalham, não fazem o que deles se espera, fazendo cumprir a
lei aos prevaricadores? Ou este saneamento e resgate dos impostos não
pagos pelos faltosos está a incomodar gente, fora e dentro do Governo?
À margem desta situação, acabamos por saber que "tres investigadores da
Polícia Judiciária, foram arrolados como testemunhas abonatórias (!) de José
Gomes Pires Coelho -- o "Anão"-- considerado o maior traficante de heroína
na Península Ibérica, candidato a cumprir 32 anos de cadeia em Espanha,
mas que está ausente em parte incerta", depois de ter sido extraditado para
Portugal para ser ouvido em mais um crime de tráfico de droga em Faro. As
autoridades depois de o ouvirem, como não havia pedido de "devolução" a
Espanha, soltaram-no, e este escapuliu-se, não se lhe conhece o paradeiro.
Nesta triste cena, não sei que mais lamentar, se o facto irónico de serem citados
tres agentes da PJ para abonar o "Anão", se a ingenuidade e falta de bom
senso das nossas autoridades, quando deram rédea solta ao traficante...
No Brasil, onde está preso um tal Fernandinho Beira-Mar, "casca grossa" do
tráfico no Rio de Janeiro, a polícia federal não trata com tanta benevolência
os traficantes. Numa operação stop em Santa Catarina, prenderam Paulo
Roberto Cozzuol, advogado do Beira-Mar, quando viajava com a mulher a
caminho do Paraguai, onde ia compra armas e droga... Foi-lhe apreendido
cerca de 1 milhão de Reais (400 mil euros), mais uma agenda dos negócios
feitos, tendo confessado à polícia que o traficante Beira-Mar pagava-lhe
1 por cento sobre as vendas. O advogado, procurador do maior traficante
no Rio, ficou preso mais a mulher, sem caução. Ali, crime não compensa.
Hoje é o dia da Epifânia para os ortodoxos russos. Para assinalar a
data um habitante da cidade de Moscovo, banha-se num buraco feito no
gelo que cobre o rio Moskwa, onde a temperatura não convida a nadar.
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