2003/12/19

 
Com o Natal à porta, o Fim de Ano a seguir, o ritual de almoços e jantares
festivos-- próprios desta quadra do ano e a que não se pode faltar-- fazem
com que o Abrangente deixe de lado o comentário político e social, e se fixe
mais nas imagens relativas ao tempo que passa. Estou desiludido, frustrado
com a inépcia governamental. Um ano de governo, do qual se esperavam as
reformas prometidas, não deu aos portugueses esperança nem alento para
superar o imobilismo que se apoderou de todos. É verdade que a Oposição
não se sente -- tambem está sem ânimo -- mas o Governo ao não concretizar
as reformas anunciadas, deixa-nos em pior situação este ano, com um défice
maior, mais desemprego, menos investimento, menos impostos cobrados, e
sem élan para o futuro. Continuam os problemas na Saúde, no Ambiente, na
Justiça, nas Forças Armadas, nas Finanças, na Agricultura e Pescas. Depois
dos fogos de verão, não mais se falou no futuro dos Bombeiros e da Floresta
nacional; depois de um ano de Casa Pia, os protagonistas da justiça, passam
o tempo em manobras dilatórias, e os portugueses começam a desacreditar
na nossa Justiça; aliás a respectiva ministra, há mais de meio ano que não
se houve, nem se vê. O ministro do Ambiente, faz de conta que governa, e
o ministro Paulo Portas dedica-se agora à "doutrinação" do PP e a reescrever
a História colonial. Quanto ao ministro da Economia, não consegue andar para
a frente com a privatização da Portucel nem com o negócio do Gas Natural e
tão pouco com os milhões de investimento estrangeiro que dizia estar em vias
de concretizar. Para alem de dois ministros de Estado, que não sabemos bem
o que fazem -- Arnaud dedica-se ao Euro 2004 e Sarmento ao Canal A Dois --
outros ministros do Governo de Durão Barroso, passam quase despercebidos.
Exceptuam-se Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite. Os restantes, são pardos.

Perante este estado de coisas, só me resta "olhar para o lado", viver a hora
que passa, aguardar pelo Novo Ano, e recomeçar com a "linha editorial" deste
blogue. Este ano de 2003, que nos haviam prometido como sendo o ano das
grandes reformas da sociedade portuguesa, não passou afinal de um ano que
nos deprimiu, castigou e nada trouxe de bom para os portugueses. Esperamos
que 2004 seja melhor, que a Oposição faça o Governo governar, que o Governo
não se acomode, como tem feito até aqui, beneficiando da fraqueza dos outros.


Na sala do dinheiro... Dois correctores de moeda, vestidos de Pai Natal,
conversam na sala de cotações de divisas estrangeiras, em Toquio.
O nosso €uro não precisa de Pai Natal para ir de vento em pôpa, pois
nestes últimos dias, atingiu o record de 1,2438 contra o dolar. Dizem
uns que é bom, por baixar a factura do petróleo--paga em dolares--
dizem outros que é mau, por encarecer as exportações europeias.



Afinal o administrador do Iraque, Paul Bremer, foi alvo de um
atentado, no dia 6 de Dezembro, quando Rumsfeld visitou o
Iraque. Mas teve sorte, escapou ileso e não houve feridos.
Porquê tanto segredo? Sempre acabamos por vir a saber.











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