2003/11/20

 
O FUTEBOL NÃO EDUCA...

Os nossos rapazes da selecção sub-21, ao ganharem à França por
penalties, em Clermont-Ferrand, tornaram-se autênticos selvagens,
deixando o balneário todo escaqueirado. Mas José Romão, à chegada
ao aeroporto, disse que não, "Tudo ficou intacto: a sanita, os armários".
Eu sempre achei que o futebol não educa, antes pelo contrário, apenas
contribui para os rapazes se tornarem autênticas feras, mesmo quando
ganham. O que aconteceu em França, é inadmissível, e, os culpados
não são apenas os jogadores, são principalmente os responsáveis
pela equipa, que não fomentam na selecção o espirito de "fair play". E a
Federação tem culpas, por não ter uma política cívica e ordeira para
os jogadores se enquadrarem nela. O futebol é o tubo de escape dos
adeptos e dos jogadores, porque todos jogam para "vencer". Ora,
a vitória não pode ser transformada em "selvejaria", como disse a
responsável francesa do estádio de Clermont-Ferrand.

(A violência é própria dos animais selvagens, por instinto de sobrevivência)

Era bom que o futebol deixasse de ser um "happening" para verter a
raiva e a vingança de todos os que participam e assistem aos encontros
desta modalidade. Se o exemplo da selecção sub-21 começar a fazer
parte da praxe futebolística, qualquer dia as claques portuguesas vão
além do que faziam os "hooligans" ingleses. É preciso não esquecer
que os sub-21, já se portaram de forma desordeira nos encontros de
Gaia e Guimarães. O que fizeram em França, deve merecer uma rija
e veemente reprimenda a todos os jogadores, por parte da Federação.

(Os animais selvagens, apenas são violentos em situações de perigo)

O que se passou em Clermont-Ferrand, deixou uma imagem de marca
dos jovens portugueses, e o Governo deve pensar nas sementes de
violência que podem ocorrer durante o Euro 2004. Que não esteja a
pensar apenas nos "hooligans" ingleses, pois o "rastilho" da violência
pode estar cá dentro. Tudo indica que, com os patrocínios "Sagres", os
adeptos, de um e de outro lado, percam a noção de que, o Euro 2004
deve ser uma festa e não um acontecimento para semear a violência.

(Quando a raiva ataca, a selvejaria manifesta-se, nos mais ferozes)

Para disparate e violência gratuita, já chega a vergonhosa acção dos
dirigentes estudantis da Universidade de Coimbra, ao continuarem com
as portas da Academia fechadas a cadeado. E sem que o poder legítimo
faça cumprir a lei e a liberdade democrática, a fim de se avaliar até que
ponto os estudantes aceitam ou não a abertura das aulas.






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