2003/11/18

 
O CLICHÉ ANTI-SEMITA

O controlo da opinião pública mundial no que respeita ao povo judeu
continua a ser uma constante nos meios de comunicação social. Não
se pode dizer a menor crítica contra a política levada a cabo por Ariel
Sharon e o seu Governo no que respeita à destruição da Palestina;
quem o fizer, é acusado de anti-semita, ainda que as críticas sejam feitas
por simpatizantes do povo judeu, bem como do seu país, Israel. Isto
não faz sentido, pois uma democracia deve aceitar a crítica de todos
os que não concordam com a política seguida pelo acutal governo.

Em França, neste momento, assiste-se a um extremar das partes. Ali
vivem uns 700 mil judeus, mas a comunidade árabe, tem 5 milhões,
em grande parte de segunda geração. E creio que a França e os seus
governos, sempre aceitaram bem a integração dos árabes, sobretudo
os magrebinos, assim como aceitam os imigrantes de outros países.
Mas agora, com a polémica do anti-semitismo, até Jacques Chirac teve
que intervir, para clarificar a questão. O que se passa, hoje em dia, é
que as pessoas criticam Israel pelo uso da força desmesurada do seu
exército na luta contra os palestinianos, que lutam contra a ocupação
dos seus territórios -- isso não é anti-semitismo. Pode ser "judeofobia".

(O Muro do "apartheid" que Israel constroi, cria ódios, vingança, fúria)

OS MANUAIS BIG BROTHER

Maria Filomena Mónica (MFM), no "Público" de hoje, desanca forte e feio
nos manuais escolares do ensino secundário, como havia prometido. Diz
que em 18 de Outubro, o ministro da Educação, David Justino, afirmou
ter de manter o BB nos manuais "para não dar uma indemnização de
milhões de contos aos editores", mas que, "mesmo assim, -- diz MFM --
o ministro deveria, pura e simplesmente, deitá-los para o cesto de papeis."
MFM acha que os manuais não passam de uma discriminação social, pois
"o filho de um cigano, para citar o caso muito discutido em pedagogia,
jamais terá possibilidade de ler "O Crime do Padre Amaro" a não ser que
o professor lhe forneça essa oportunidade."

"Enquanto os filhos dos pobres são metidos em salas de aula onde se
discute o que levou Tomé a expulsar a Maria de casa, os meninos previle-
giados entretêm-se a ler poetas simbolistas. A inclusão do BB nos manuais
é a via escondida para a exclusão social. Em suma, os novos programas
servem para proteger os meninos que frequentam as escolas privadas
dos "bárbaros" que subitamente invadiram os liceus do Estado". Sobre o
programa BB, diz MFM: "Estas séries são fabricadas na base do princípio
de que não se deve presumir que o povo pode ser inteligente, culto ou
sofisticado. A linguagem utilizada é um rosário de lugares-comuns, o enredo
de um sentimentalismo rasteiro, a receita baseia-se na exibição de sexo,
sexo e mais sexo."
É a vida, como diria Guterres. É a força do mercado, ao
qual se rendem hoje todos os governos e filósofos mal-pensantes. Nesta
procura selvagem pela obtenção do "lucro", vale tudo, até cuspir na cara.

(Espero que esta foto não seja censurada pelos amigos dos manuais do
Big Brother, nem pela hipocrisia farisáica de quantos se deliciam com os
jogos sexuais do BB, promovidos pela TVI, que já foi "de inspiração cristã").








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