Abrangente

Em 16 de Junho de 2003, a Organização Mundial de Saúde, assinou em
Genebra um protocolo de luta contra o tabaco, que Portugal não assinou
por aceitar a decisão tomada pela União Europeia. Os efeitos do protocolo
já são evidentes nos maços de tabaco. Mas, da parte do Governo, muito
há ainda para fazer, para acabar com esta chaga social que tão gravosos
problemas acarreta para a saúde das pessoas e que, acaba por causar
enormes despesas no orçamento da saúde pública e na produtividade da
da nossa economia. Uma das medidas que o Governo tem o dever de
implementar, é a restrição de fumar nos locais públicos, nos locais de
trabalho, nos restaurantes, nos centros comerciais, nos cafés e pastelarias.
É uma medida preventiva, higiénica e moralizadora dos costumes, pois
não há razão para que os não fumadores tenham que "respirar" o fumo
que os outros produzem. É injusto, diria mesmo, é um acto de agressão
à saúde de todos aqueles que querem um melhor ambiente de vida.


O país está deprimido, vêm dizer-nos agora os jornais. E até os nossos
vizinhos espanhois sentem o que nos vai na alma. O "El País" apresentou
uma resenha de factos acontecidos nos últimos tempos e que contribuiram
para este sentimento depressivo, que a todos nós invadiu. O relato vai
desde a queda da ponte em Castelo de Paiva até à queda da passagem
aérea no IC19. Foi o "país de tanga", o défice acima dos 3 por cento, foi
o desemprego, os casos de pedófilia, a corrupção na GNR e nas autarquias,
os incêndios florestais, e outra vez a pedófilia, o descontrolo orçamental
nos estádios pró Euro 2004, e, como se tudo isso não bastasse, vem agora
a revista TIME Europe, com uma capa a dizer que há prostituição a rôdos
na cidade de Bragança... Que mais haverá para nos acontecer? Seremos
nós, capazes de ultrapassar tudo isto, sem deixar marcas na geração mais
jóvem? Será que o Euro 2004 -- com o prolongamento -- vai trazer-nos uma
vida melhor, mais descontraida, mais alegre, com mais emprego e melhor
nível de vida? Esperemos que sim, e que este pesadelo nos deixe de vez.