2003/09/25

 
UM PS INCAPAZ DE SE AFIRMAR

A renúncia de Vicente Jorge Silva (VJS) da comissão de Ética do Parlamento,
vem demonstrar, mais uma vez, as fragilidades do PS, onde cada um faz o
que lhe apetece e diz as coisas mais disparatadas. Na última edição do
"Expresso", António Costa desvalorizou a situação da deputada do PSD,
Maria Elisa, que pediu suspensão de mandato nos finais de Julho por motivos
de doença mas que, sabe-se agora, está a trabalhar na RTP desde o dia 29
daquele mes, em flagrante incompatibilidade com o estatuto de deputada.
Mas isso, para o socialista Jorge Lacão, presidente da comissão de Ética, é
irrelevante, dado que há outros casos mais graves. Os restantes deputados
do PS calam-se, mas castigaram António Costa, que agora foi reeleito para
dirigir o grupo parlamentar, apenas com 53 por cento dos votos expressos.
É evidente que a suspensão de Maria Elisa foi aceite, mas não para estar a
trabalhar noutra empresa, a RTP, que é tutelada pelo Estado. Por isso, ou
há moralidade, ou comem todos... Vicente Jorge Silva, tem razão, quando diz
que este caso não deve ser "esquecido" pela comissão de Ética. Ainda que,
isto fragilize o PS, ao mostrar falta de dinamismo e desinteresse pela acção
política que se impôe tomar nestes casos. Não há dúvida, o maior partido da
Oposição está desorientado, abalado, parece sofrer do sindroma casapiano.

UMA IGREJA EM DECADÊNCIA

Abalada pelo escândalo da pedofilia que envolveu os bispos de algumas
dioceses nos Estados Unidos, a Igreja Católica vem agora tomar medidas
para "prevenção dos abusos", tais como cantar nas missas, bater palmas,
e não permitir que ajudantes femininas assistam no altar durante as missas.
Por outro lado, vai apelar para que "cada católico, sacerdote, diácono ou leigo,
denuncie eventuais abusos litúrgicos." Isto, é abrir a porta aos delatores.
A poderosa Igreja de Roma, tem perdido crentes, porque a sua prática nem
sempre está de acordo com a Igreja de Pedro -- que é bem diferente desta.
As suas posições contra o uso do preservativo e da pilula; a sua recusa em
aceitar os casamentos homosexuais, em não reconhecer os movimentos gays,
em não querer mulheres no exercício sacerdotal, tudo isto tem contribuido
para afastar os crentes da Igreja de Roma. Muitos acabam por encontrar
outros caminhos de fé, como o budismo, o islamismo, o induismo, etc.
É ironia do destino que a Igreja venha fechar-se ainda mais sobre si, numa
altura em que o seu representante, o Papa J.P.II, está de tal forma doente e
incapaz, que nem se quer pode estar presente, para dar andamento à sua
agenda de chefe de Estado... As suas viagens como Chefe de Estado, têm
demonstrado como ele está enfermo, incapaz de desempenhar o lugar deixado
por Pedro. É o lugar para uma pessoa viva, saudável, acolhedora, afável, cheia
de alegria, contagiante de fé e esperança. Este Papa não inspira confiança
nem fé a muitos católicos, e, muito menos ainda, aos que o não são. Vir agora,
nesta triste figura, decretar medidas para recuarmos à Idade Média, não me
parece que seja útil para o mundo cristão. Mas, os caminhos da fé, são livres,
não são decretados pelos Papas, por isso, cada ser humano, é livre para
procurar. Certamente que, nessa procura, vai encontrar bem perto, dentro de
si mesmo, a essência do que é divino -- porque, cada um de nós, foi criado à
Sua imagem. Nós somos o seu rosto. Quando concluimos a nossa procura, já
estamos seguros, felizes, iluminados. Passamos a viver a existência em harmonia.










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