2003/09/07

 
OS NOVOS CRUZADOS NA BABILÓNIA

Já aqui me referi, no comentário do dia 03/Ago, intitulado "Os Custos da Vassalagem",
aos cruzados da nossa praça que mais se têm distinguido na defesa da invasão e
ocupação do Iraque. Entre eles mencionei Luis Delgado e outros, mas esqueci-me
daquele que é tido como o mais intelectual, mais doutrinador, mais empedernido nas
nas suas convicções sobre a justeza da guerra bush/blaireana:o José Pacheco Pereira,
meu compagnon de route, que navega na Blogosfera com a designação de Abrupto.

Pois na quinta-feira, ao folhear o Público, encarei com ele de caras. Vem defender as
suas visões, afirmando que "o roteiro israelo-palestiniano, a réstia de esperança que
representa [representava, digo eu] só foi possivel num mundo pós-Saddam". Eu diria
antes, num mundo pós-Sharon. Mas José Pacheco Pereira (JPP) já admite erros da
parte de Bush e já chama de "incompetentes" aos responsáveis político-militares
americanos, por não terem previsto o cáos e a anarquia.

A mim o "que me'spanta" em JPP, é a sua deriva política, pois ele é deputado da UE
-- que tão mal servida é, com gente desta -- e onde, por certo, deve ter posições
mais moderadas. Mas, isso não será verdadeiro pois, JPP diz que "o melhor sinal da
irrelevância da UE é que, fossem quais fossem as objecções quanto à intervenção
americana, os países democratas deviam oferecer-se, sem ambiguidades ou reservas,
para ajudar os Estados Unidos no Iraque..." -- Pois, agora a UE, que pague a factura...

[Nós bem avisámos]. "Não avisaram nada -- prossegue JPP -- como tambem não estão
dispostos a mexer uma palha para a Coreia e para o Irão, onde os perigos se acumulam,
à espera, mais uma vez, que sejam chamados os EUA". - Alto aí, oh Pacheco, ninguém
chamou os States para coisa nenhuma... Não há dúvida, este novo cruzado, continua
a ser um indefectível defensor do ataque, da guerra, dos bombardeamentos maciços,
do massacre de civis indefesos, da destruição total -- para depois, a UE pagar a factura.
Oh Dr. Pacheco, dedique-se ao Parlamento Europeu, defendendo os interesses de quem
o elegeu; dedique-se à Blogosfera, esclarecendo-nos sobre a futura Constituição da UE;
dedique-se aos seus "Estudos sobre o Comunismo", para satisfazer o seu ego -- mas
não fomente mais guerras preventivas. "Please, make love, not war!".

APOSTILHA

No Público de sexta-feira, João Bénard da Costa (JBC) vem falar de fantasmas, referindo
que Sophia de Mello Breyner Andresen lhe havia contado "uma história fantástica, das
mais fantásticas histórias dela", e que lhe confessou ainda, que as "coisas que lhe metem
mais medo são elevadores e fantasmas". É natural, todos os poetas têm as suas fobias.

No final da sua crónica, JBC -- que esperava uma resposta de Eduardo Prado Coelho (EPC)
sobre o que é o "orgasmo vertical" -- ficou decepcionado com a mesma, por nada lhe dizer
de concreto. Eis o que disse JBC: "Eduardo Prado Coelho desapontou-me. Não me explicou
o que era o "orgasmo vertical" e deixou-me com dois outros enigmas: o que é o "orgasmo
horizontal"? O que são os "axiomas da geometria libidinal"? "Mete-se pelos olhos dentro"?
Oh Eduardo Prado Coelho, se a sua avozinha o ouvisse... "

De facto, a resposta de EPC, é inconclusiva, transversal, delirante. Eu espero que EPC
esclareça este assunto, para bem da líbido de todos nós. Ele acha que "orgasmo vertical"
é o que não é o "orgasmo horizontal". Ora bolas, as coisas não são assim, tão lineares.
E digo mais: não vejo onde está o axioma da "geometria libidinal". Mestre, esclareça-nos!
Dr. Eduardo, deixo-lhe uma dica: consulte o livro do Kamasutra.










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