2003/09/27

 
FIM DE SEMANA, FIM DE MES

Augusto Santos Silva, incapaz de ver o deserto em que o PS mergulhou,
vem, mais uma vez, apontar José Pacheco Pereira por inventar a implosão
do PS e António Barreto por sonhar com a remodelação da direcção deste
mesmo partido. Não adianta, com dirigentes destes, e porque outros não
se manifestam, torna-se impossivel ao PS transformar-se no motor da
Oposição à Cologação de centro-direita. Lá porque Ferro Rodrigues segurou
o PS com 38 por cento, pensam que na próxima votação vai ser melhor,
pois Ferro foi um ministro que fez coisas boas... Disparate! Ferro, foi apenas
o ministro que abria o cofre para dar, quando Guterres dava ordens para
tal. Nada mais. Qual é a substância politica da estratégia -- se é que a tem --
de Ferro Rodrigues, para se afirmar como líder da Oposição? Nada, não se
descortina nele nenhuma ideia mobilizadora.

Entretanto continuam a acontecer coisas, neste país, e não há ninguém que
seja capaz de marcar pontos, afirmando-se como líder com carisma para
trazer ao país um sinal de esperança em tempos melhores. Tudo está mudo.
Veja-se o caso de Lamego, onde o helicóptero assignado à luta contra os
incêndios foi abusivamente utilizado para viagens turísticas. Temos o caso
das incompatibilidades de Maria Elisa que, em vez de ser tratado com a
seriedade que se impunha, foi dado por "igual a tantos outros", tendo
Jorge Lacão referido que "há outros casos ainda piores". Agora, temos as
nomeações de nove adjuntos para o gabinete do padre António Vaz Pinto,
que é o Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Éticas; parece que se
trata de fazer nomeações numa instituição como seja a Fundação Gulbenkian
ou do Oriente, onde há dinheiro com fartura. Que diz o PS de tudo isto?
Nada. O PS está a vegetar, a envelhecer, como as árvores. Falta-lhe uma
árvore sólida, capaz de dar acolhimento a boa gente, de proteger a quem
junto dela se abriga. Na falta de choupos, carvalhos, castanheiros, figueiras
ou oliveiras, apontem para um Sócrates...

Fim de semana e fim de mês, mas tambem fim de verão e começo de Outono.
Está toda a gente à espera que o tempo mude, para ver se assim acontece
algo de bom, de diferente já que, até agora -- pese a boa vontade de alguns
futurólogos -- as coisas não estão a acontecer como era de esperar e como
nos prometeram as "pitonisas" da economia. Isto vai péssimo; as familias,
vieram de férias e tiveram logo que fazer despesa com os filhos, para lhes
darem livros, sebentas, compêndios, lápis, mochilas, etc., etc.. Chegaram
de férias com pouco dinheiro, e tiveram que recorrer ao crédito, pois só assim
conseguiram equilibrar a vida. Estávamos à espera da retoma este ano, mas
os sinais indicam que batemos no fundo -- estamos em recessão. Falta apenas
mais um trimestre, e temos de reconhecer que, as nossas esperanças para
este ano, goraram-se. Agora, vamos esperar pelo primeiro ou segundo
trimestre de 2004, para vermos se as coisas começam a melhorar. Deus queira.

Fim de semana, que não deve ficar na História, embora Paulo Portas gostasse
que, pelo seu dirscurso de amanhã no encerramento do Congresso do Partido
Popular, alguma coisa ficasse nos ouvidos dos comentadores políticos, para
que nisso se falasse durante o resto do ano. Mas não é de esperar, mais uma
vez, que a montanha deixe de parir um rato, só um rato, um ratinho... Paulo
Portas não terá o "espectáculo" dramático de 1975, embora tenha sonhado
com tal cenário. Talvez até tenha pensado, como ministro da Defesa, colocar
as Forças Armadas em estado de alerta "vermelho", mas isso não passa de
sonho para ele. Nós tambem não esperamos nada do seu conclave, só palmas,
abraços e "vamos correr com eles" -- os imigrantes. O resto, vai ser encenado
pelas televisões, para substituir "Big Broters" e "Hermapias", a fim de manterem
os "shares" de audiências, umas mais acima que outras.





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