2003/09/19

 
EMIGRANTES E EMPREGO

"Em 2001 o saldo líquido entre as contribuições pagas pelos emigrantes que trabalham
e residem em Portugal e aquilo que o Estado gastou com eles em saúde, educação,
segurança social, justiça, habitação e equipamentos foi de 65 milhões de contos. Por
outras palavras: os 450 mil imigrantes que acolhemos entre nós não só nos ajudaram
a construir estradas e pontes, a limpar as nossas casas ou a realizar colheitas agrícolas, como contribuiram para a diminuição do défice. Mas a maioria dos portugueses não conhece este números, como parece acontecer com Paulo Portas."
"A ignorância e a falta de cultura cívica é, como a História ensina, o terreno onde melhor
medra o populismo. E a ignorância sobre os reais efeitos sociais e económicos da
imigração é, por toda a Europa, um campo onde os demagogos penetram com facilidade, explorando os sentimentos mais básicos dos que, por não verem o quadro todo, só estão atentos ao imigrante que mora ao lado."
"Uma política de imigração responsável afasta-se da demagogia do "emprego para os
portugueses em primeiro lugar", pois isso prejudica social e economicamente o país.
Pior, corrói o tecido social tal como o populismo corrói o sistema democrático."

- - - José Manuel Fernandes, Director do Público, no seu editorial de ontem, em
contra-ponto ao discurso miserável de Paulo Portas, na "rentrée" do CDS/PP, e que
logo foi, corajosamente, denunciado por J Pacheco Pereira, -- na Imprensa e no seu blogue Abrupto -- como sendo a "vulgata" do líder da extrema-direita francesa, Le Pen.

ONDE ESTÁ A OPOSIÇÃO?

"Mas o que é isto?" -- pergunta J Pacheco Pereira, irritado com as minudências de
[José] Saraiva, publicadas no "Jornal de Notícias", do Porto, sobre "Mestre Gaspar e
o seu tabuleiro-[PS-Porto]".
"O que torna o artigo de Saraiva gritante é a dimensão que ele toma pela ausência
de qualquer outra actividade significativa dos socialistas, o imenso vazio de causas
que vai da base ao topo. Nem se quer deram atenção a um dos discursos mais à
direita feito recentemente no espectro político português".

- - - J Pacheco Pereira no seu artigo de ontem "O PS implodiu?" editado no Público,
insurge-se contra a pobreza franciscana dos comentários publicados por alguns dos
nossos "opinion-makers" que, á falta de substância -- para não falar de cultura --
escrevem artigos blá-blá-blá, mais rascas do que literatura de cordel, mais distantes
do país real que as reportagens e entrevistas da imprensa "côr-de-rosa". Eu quero
aplaudir J Pacheco Pereira pela sua coragem ao desmascarar estes "escribas" que
nada sentem, nada avaliam, nada têm para dizer sobre o país real. Confesso que,
na Blogosfera, tenho encontrado comentários/opiniões sobre os problemas deste
país, feitos com maior acutilância e elevada honestidade moral, do que as "análises"
vertidas nos jornais por alguns comentadores avençados da nossa praça.






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