2003/08/19

 
TEMPOS DE ÓDIO E VIMGANÇA

Hoje não queria escrever sobre nada, depois de ter visto a figura do ministro da
Defesa, Paulo Portas, na homenagem fúnebre a Maggiolo Gouveia; parecia uma
daquelas figuras pintadas por Goya, desfalecido, magro, sem vitalidade... Creio
que está a seguir a sugestão, dada pelas suas amigas nas revistas cor-de-rosa,
ao dizerem que "Santana Lopes e Paulo Portas estão a ficar muito gordos, muito
pesados". Só que a dieta, parece ter-lhe feito muito mal; agora está frouxo, sem
energia, com ar de asceta, magro e mal humorado.

Ao fim do dia, vim saber que o ódio e a violência, continuam a aumentar contra
os "States" e contra Israel; em Bagdad um carro armadilhado explodiu junto da
delegação da ONU, registando-se mais de uma dezena de mortos e uma centena
de feridos. Entre os mortos conta-se o nosso irmão brasileiro, Sérgio Vieira de
Mello, que tão bem conheciamos de Timor. Em Jerusalem, um ataque suicida num
autocarro fez pelo menos 20 mortos, e dezenas de feridos. O terror, gerado pelo
ódio e pela violência, continua sem que os poderosos, tenham a humildade de
se interrogar ácerca deste fenómeno social.

Os EUA são uma superpotência. Por serem poderosos, deviam ser implacáveis em
fazer cumprir o direito e a lei mas, para isso, precisam de ser justos na sua política
externa e generosos para com os mais fracos.
Israel tem o Exército mais sofisticado do mundo, equipado com o armamento mais
moderno, as armas mais mortíferas, a avição de combate mais avançada, e os seus
helicópeteros têm os mísseis mais devastadores. A par de tudo isto, ocupam cidades
palestinianas, constroiem casas em terras da Palestina, erguem muros com mais de
dois metros de altura, humilham o povo palestiniano com a entrada de tanques nas
suas casas, com ataques de aviação, artilharia e mísseis de última geração. Ninguém
consegue segurar o "Tsahal" judeu. Os judeus poderosos mandam em Waal Street e
na alta finança americana. Os EUA, por isso, não querem hostilizar os judeus. Estes,
sentem-se vítimas, pelo Holocausto, que imposeram à memória de todo o mundo.
Mas no Camboja, Pol Pot, dizimou mais de 6 milhões de cambojanos, e no Ruanda,
foram chacinados mais de 2 milhões de pessoas... Como são gente pobre, de países
famintos, não imposeram o seu Holocausto. Mas são gente humilde, serena, que
procura viver no presente, sem o rancor do passado.

Israel podia ser um exemplo para o desenvolvimento da paz e da economia, numa
zona de escassos recursos. Para o fazer, devia respeitar os outros, e não o faz,
porque se julga o povo eleito! Deixem-se disso, esqueçam os deuses, os profetas
e respeitem todos os seres vivos! A Terra tem tudo, e em quantidade, para os
gananciosos se fartarem, encherem os bolsos e a pança, até morrerem, de indigestão
e levarem tudo para a cova, para a Terra consumir.

Enquanto houver povos "eleitos", clubes de "deuses", e saqueadores de petróleo,
não haverá paz, nem tolerância entre ocupantes e oprimidos. O ódio e a violência
tem origem na falta de respeito dos poderosos pelos mais fracos. Enquanto faltar
aos mais fracos, o respeito, a cooperação e a juda dos mais fortes, não será mais
possivel acabar com os sentimentos humanos de ódio e vingança.












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