2003/08/18

 
POLÉMICA MAGGIOLO GOUVEIA

Finalmente, um dos oficiais do 25 de Abril, veio a "Público" denunciar o
aproveitamento político, feito pela direita, sobre o caso Maggiolo Gouveia.
Ainda no fim de semana, o "falcão" Alpoim Calvão, tinha vindo a desafiar
tudo e todos, como se estivessemos nos tempos em que ele, a partir da
Guiné-Bissau, a coberto da noite, invadiu um país soberano, para libertar
camaradas seus presos em Conakry -- tudo ao estilo "Rambo/Terminator".

O major Mário Tomé, no Público de hoje, diz aquilo que eu gostaria de
dizer:
"-Quem foi inumado em Mação não foi um tenente-coronel do Exército
português. Foi um militante da UDT/Timor que, em 1975, preconizava a
continuação do domínio colonial português, versão "lght"."

"Quem foi fuzilado na estrada para Aileu e Maubisse foi o senhor Maggiolo
Gouveia, que desistiu de ser militar português..."
"Houve milhares de desertores do Exército português, dignos do maior
respeito, porque não aceitaram lutar contra a liberdade num exército colonial
ao serviço de um estado colonialista e fascista."
"A deserção de Maggiolo Gouveia -- inquestionável acto próprio de liberdade
individial, presume-se -- afrontou a liberdade do povo português e do povo
de Timor".
"Maggiolo desertou do Exército português que estava ao serviço da descolo-
nizaçãp -- no entanto não o fez quando o mesmo era instrumento principal da
opressão dos povos coloniais".

"Paulo Portas anda a ver se, com manobrismos táctico/ideológicos, estrutura
uma qualquer guarda fascistóide, um aparelho de "reaças" imbecis. Paulo Portas
bateu no fundo da abominação, mas parece que é aí que melhor funciona".
"Infelizmente não encontra dignidade e integridade institucionais que se lhe
oponham seriamente".
"Tem de ser a opinião pública a travá-lo, a isolá-lo, a extirpá-lo".

- - - - -
Obrigado major Mário Tomé, pelo desassombro e pela coragem. Assim, já me
sinto acompanhado. É preciso não calar a verdade dos factos históricos. O que
o Governo e o seu ministro da Defesa Paulo Portas estão a fazer com Maggiolo
Gouveia, é uma afronta a todos os que cumpriram com lealdade e coragem as
ordens da cadeia de comando. Maggiolo Gouveia, em tempo de descolonização,
desertou, traíu o Exército e a sua Pátria. É este o perfil dos novos heróis, que a
direita quer homenagear?





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