2003/08/01

 
O país está a arder, os militares perderam a confiança no ministro PP, a produtividade
do país é afectada pela fuga aos impostos, a oposição do PS ao governo não se sente,
a magistratura continua a ser atacada. Estes são os factos mais evidentes quando se
olha para o país. Era natural que os mais destacados "fazedores de opinião" da nossa
praça nos viessem esclarecer do que se está a passar, pois esse é o dever deles, até
porque têm acesso a informação previligiada. No entanto alguns deles, não sentem isto,
e continuam a fazer manchetes à medida dos seus gostos.

Veja-se o caso de Miguel Sousa Tavares(MST): virou as baterias para o Palácio de Belém,
para afirmar a "inutilidade das funções do Presidente da República". Isto porque, na
opinião de MST, o Presidente não faz nada de relevante, não intervém directamente na
política dos governos, porque o PR tem poucos poderes. etc. Para MST, "Jorge Sampaio
é o "most predictable" Presidente. Nunca fez ou disse nada que não estivesse
essencialmente certo ou que não fosse esperado".

MST está a atear mais uma fogueira neste país, para nos distrair do essencial. Ele sabe,
por formação académica, quais são os poderes do PR, e atrevo-me mesmo a afirmar que
MST deve ter lido a nossa constituição. Portanto, se alguma coisa não vai bem neste
país, é ao governo e à AR que compete criar as leis e os mecanismos para regular com
eficácia os poderes instituidos. Ao vir com mais este tema para a praça pública, numa
altura destas, MST parece estar ausente do país real. Talvez esteja a banhos, algures.

A situação é confusa e desesperante. Mais ainda, porque a "rentrée" política tarda.








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