2003/08/29

 
O ORGASMO VERTICAL

[Como tambem "sempre quis saber tudo sobre sexo, mas tenho vergonha de
perguntar", importa-se, Eduardo Prado Coelho (EPC), mesmo em carta particular, de
me explicar o que é "o orgasmo vertical"?] - Foi assim que, João Bénard da Costa, (JBC)
rematou o seu artigo de hoje, editado no Público com o título "O orgasmo vertical".

Esta questão tem a ver com uma entrevista feita ao psiquiatra José Gameiro, pela
jornalista do DNA, Anabela Mota Ribeiro, "a propósito do NADA, que é dos costumes
que toda a gente gosta de dizer TUDO, sobretudo quando tem que ver com o NADA",
ou seja: porque é que "numa cidade como Lisboa um terço dos casamentos e uniões
de facto se dissolvem".

Pelo que escreve JBC, aquela entrevista terá "entusiasmado muito o esporádico colega
de página Eduardo Prado Coelho", (são editados na mesma página do Público) de tal
forma que EPC, dedicou parte da sua coluna a escrever sobre o que pensa ácerca das
"causas da dissolução dos casamentos". E titulou aquela sua tese de maneira audaz
e fascinante: "O admirável caos do amor".

Ora, é conhecido o verbo de EPC, quando começa a dissertar sobre as coisas, por mais
insignificantes que sejam. Ele é capaz de opinar sobre 100 ou 200 fotografias, pinturas,
cerâmicas ou qualquer outro objecto, e tem sempre a palavra arrebatada, o adjectivo
ditirâmbico, simples ou superlativo para dizer NADA sobre TUDO, tal como: "é onírico",
"fractal e superfluido", "dissecante mas polémico", "enternecedor", "polifonia celestial",
"redutor em abrangência", "absoluto simples", "mágico demoníaco", etc., etc.. E sobre
aquilo que se foi (o amor entre dois), EPC saiu-se com esta: "O admirável caos do amor",
onde se pronunciou, inspiradamente, sobre "o orgasmo vertical"!.

("Quando, ah quando, os homens deixarão / de crer em tudo, de exigir que tudo / seja
como tudo? Se tudo é como tudo / o nada é como o nada? Mas tautológico / é só o medo,
e o medo de escolher / entre duas coisas, dois entes, dois momentos") - Jorge de Sena,
citado por JBC, a propósito desta discussão.

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Peço a Eduardo Prado Coelho, o favor de responder à questão de João Bénard da Costa,
não por carta, mas públicamente, no Público, já que a sua resposta, interessa a todos os
leitores do jornal. Mas, atenção, nós queremos a sua opinião real, não aquela, que por
ventura vá agora, à pressa, procurar no Livro do Kamasutra.







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