2003/08/25

 
LAGOSTIM VERMELHO NO ALQUEVA

Na semana passada a Barragem do Alqueva foi atacada pelos "caçadores de elefantes
brancos", designadamente por José Manuel Fernandes (JMF), nas páginas do Público,
dizendo que o país nada havia lucrado com a sua construção, coisa que, segundo ele,
já "adivinhara" no ano de 2000 -- há pessoas assim, adivinham o futuro!

Pois bem, pelas notícias vindas hoje a público, a Barragem do Alqueva, para além de
constituir uma reserva estratégica de água para o Alentejo e todo o sul do país, com
rega para a agricultura e a criação de polos de desenvolvimento turístico nas suas
margens, ficamos agora a saber que na Barragem se está a incrementar a cultura do
lagostim vermelho, uma espécie de crustáceos muito apreciada nos países nórdicos.
Há já captura abundante desta espécie -- feita por espanhóis e portugueses -- que
procedem à exportação dos nossos lagostins para Madrid e Sevilha, onde são cozidos,
descascados e transformados numa espécie de "delícias-do-mar" ou em "paté" mis-
turado com ervas aromáticas. O pescado é pago entre 2 e 6 euros, conforme o
tamanho do lagostim.

Ora aqui está,mais uma vantagem da Barragem do Alqueva, a contrariar a teoria
do "elefante branco". As potencialidades desta imprevista actividade piscatória na
Barragem, são imensas e convém que, o Governo de Durão Barroso, em tempo de
crise económica, tome medidas no sentido de rentabilizar a actividade piscatória,
afim de poder cobrar os respectivos impostos. Isto pela razão de que, neste momento,
o negócio já atinge números relevantes. Pelos meus cálculos, a produto exportado
para Espanha, já ascente a 1,740 milhões de euros; só em IVA, a Drª. Manuela
Ferreira Leite poderia cobrar cerca de 330 mil euros. E estes números referem-se
apenas a quantidades de lagostim vermelho, pescadas de forma artesanal e sem
objectivos industriais!

Esta oportunidade económica, coloca ao Governo do país, duas questões pertinentes:
primeiro, o ministro da Defesa, Dr. Paulo Portas, deve enviar para a área do Alqueva
uma unidade da marinha ccom meios capazes de garantir a nossa "zona de pesca
exclusiva"; segundo, o ministro da Economia e/ou Agricultura e Pescas, devem man-
datar os respectivos serviços para que procedam à demarcação de blocos designados
"areas de pesca" e colocá-los em leilão para os possíveis interessados na pesca do
lagostim; além disso, devem estipular uma taxa por cada quilo de pescado, semelhante
aos "royalties" pagos na indústria petrolífera.

O país não tem "ouro negro" e, com os incêndios, ficou sem o "ouro verde" da floresta.
Por isso, temos que aproveitar o "ouro vermelho" dos lagostins vermelhos do Alqueva.

Por esta, é que os "caçadores de elefantes brancos" não esperavam!








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