2003/07/16

 
Terminaram os trabalhos parlamentares, e, por isso, no que toca a legislação, só
em Outubro voltará a haver produçãp de leis. Por agora, só alguns deputados,
muito poucos, continuarão a ir ao Parlamento para tarefas rotineiras.
Se o trabalho destes eleitos, foi produtivo e merecedor de confiança dos eleitores,
só o saberemos após o balanço do Parlamento. Esperemos bem que haja mais
factos relevantes, do aqueles que ficaram conhecidos por "trabalho político", e que
tanto irritaram o povinho trabalhador.

Mas descansem todos os eleitores que isto não vai ficar assim, no esquecimento.
É que, mesmo para quém não goste -- como é o caso do Abrangente -- vamos ter
aí, em força, o acontecimento mediático que deu origem ao "trabalho político" dos
nossos deputados e pelo qual ficaram em falta na marcação do ponto na AR. Vem
aí, novamente o futebol, -- não disse desporto, atenção! -- para contaminar todo
o ambiente social, quer por actos e palavras, quer pela lixeira de jornais emitidos
para relatar aquilo que já "foi", já "aconteceu", já é passado.

Não entendo porque é que, a maior parte das doenças de hoje, sendo tratados
pelos psiquiatras, não existe um ensaio, um estudo sobre este fenómeno de
massas, como é o futebol. Seria muito valioso e interessante esse estudo, desde
que apontasse as motivações dos adeptos de futebol, e as causas da violência
e da insanidade mental que gira em torno dessa modalidade desportiva.

Refere-se, em certos meios, que a inconciência e o descontrolo provocados pela
"clubite" nos adeptos, e, sobretudo nas claques, servem para a "catarse" destes,
para o alívio dos seus problemas, das suas emoções reprimidas, do sentimento
de insegurança provocado pela falta de emprego e de objectivos para a vida.
Tambem se diz que, a ser verdade o que se refere, o futebol passou a ser um
alvo importante dos políticos, que veêm nele o antídoto para acalmar o povo, e
e levar este a esquecer o que é essencial.

Esta ideia, faz-me lembrar outros tempos, quando havia os "grandes educadores"
do povo; eram os MLs, os LCs, os maoistas, etc. No entanto, é curioso verificar,
que os políticos, todos eles, não conseguem afrontar os "senhores do futebol",
ainda que os clubes não paguem os impostos devidos, tenham dividas ao fisco
ou desafiem o poder na praça pública.

A algazarra vem aí, mais os penalties, as faltas não marcadas, o filho da puta do
árbitro, o fiscal de linha que é ladrão, os nacionalistas do norte, os mouros do
sul, ou raio que os parta! Fora o árbitro! Pôrra!






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