2006/04/11

 
Se todos os portugueses fossem como eu, não havia necessidade do SNS, nem
das farmácias e muito menos das clínicas de saúde privadas. Apenas recorri uma
vez aos serviços de urgência do Hospital S. Francisco Xavier, numa altura em que
tinha regressado do Brasil e fui atacado por uma febre estranha, em 2003, quando
o mundo receava uma pandemia de SARS. Só por isso, por recear estar contagiado.
De resto, em questões de saúde, o melhor é prevenir: uma alimentação saudável,
isenta de "cadáveres", com muita hortaliça e fruta, não fumar, nem beber fora das
refeições. Não devemos fazer do nosso estômago um contentor do lixo... Mas este
conselho não serve de todo para as doenças degenerativas, genéticas e provocadas
pela actividade de certas profissões. De qualquer modo, para se gozar de uma boa
saúde, é preciso evitar os exageros da alimentação fast-food, das gorduras, fritos,
tudo o que tenha corantes e conservantes, e ainda as bebidas sintéticas. Só água.

Vem isto a propósito da história que um amigo, o Manuel Gomes, me contou
hoje, quando discutíamos a intervenção feita pelo "pai do SNS", António Arnaut,
numa reunião de socialistas, em que este defendeu a gratuitidade dos serviços de
saúde, com excepção das taxas moderadoras. O meu amigo tem um familiar que
padece de esclerose múltipla, pelo que recorreu ao hospital do SNS para consulta,
e onde acabou por ser vítima de mais uma doença... uma virose, que ainda não
está identificada. Isto numa altura em que a comunicação social anda a informar
que, a falta de higiene nos hospitais, contribui para a morte de muitos doentes...
É provável, pois onde há doentes e doenças, se um profissional não lavar as mãos
após cada uma das tarefas desempenhadas, contribui para a dessiminação do mal.
Pois o familiar do meu amigo, que está acamado e já tem bolhas no corpo, após
os cuidados prestados pela enfermeira de serviço, esta recomendou a aplicação
de uma pomada especial: vá ali à farmácia comprar, que o hospital não tem, por
ser muito cara! -- mandou, expedita, a enfermeira. --"Então como é? Corre-se
para o hospital para ser tratado, e depois mandam o doente ir á farmácia comprar
os remédios?"
-- desabafou um dos familiares, revoltado e incrédulo. Custa a crer,
mas é a verdade relatada na primeira pessoa e testemunhada por duas outras...
Que está acontecendo, nos hospitais públicos, com os medicamentos?


O correspondente do Sidney Morning Herald em Timor relatou o caso
desta bébé, de nome Maria dos Santos, que nasceu com um buraco no
coração, pesava 2,6 quilos, tinha dificuldade em respirar e não conseguia
manter o peso que tinha. Gerou-se de imediato um amplo movimento de
solidariedade na Austrália, tendo o Herald conseguido dinheiro mais do que
suficiente para a viagem, internamento e despesas hospitalares. A iniciativa
partiu do cardiologista Owen Jones, do Hospital Infantil de Sidney que vai
proceder à intervenção cirúrgica, e conseguiu a colaboração do Rotary Club
local e do projecto ROMAC-Reaching Overseas with Medical Aid for Children.
A bébé partiu ontem de Dili, capital de Timor, acompanhada pelos pais e do
pessoal ligado à embaixada da Austrália em Timor. Espera-se um final feliz!





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