2005/12/17
O grande motor da unidade europeia, a Alemanha, voltou a mostrar que continua
a ser o país mais importante para o avanço do projecto europeu. Vimos esse sinal
ontem, durante as reuniões que teve com Tony Blair, e de seguida com o parceiro
de sempre, a França de Jacques Chirac. Foi Angela Merkel quem tomou a iniciativa
de avançar para os breefings, e de tal modo o fez, com determinação e dinamismo,
que a maior parte dos observadores viu na chanceler alemã uma pessoa capaz de
"analizar as questões até ao pormenor, e de esconder o limite até onde pode ir"...
O Guardian e o Finantial Times elogiam Angela Merkel, e afirmam que, com ela,
é fácil dialogar, discutir as propostas, chegar a um acordo, o que não acontecia com
Schroeder, que estava mais ligado a Chirac. O resultado está à vista: os países que
entraram para a UE há um ano, vão receber mais do que estava previsto; o Reino
Unido recebe menos um bilião de euros anuais de rebate (cheque britânico) e passa
a contribuir, em termos percentuais, em igual com a França, ficando os subsídios da
PAC para rever a partir de 2008. Blair está a sofrer, com o fogo dos conservadores,
que já falam de "traição". O Reino Unido, fora do euro, tem pouco peso político.
A aprovação do orçamento da UE para o período de 2007-2013, veio colocar
um travão à adesão de novos países. Possivelmente os países como a Croácia, a
Sérvia-Montenegro, a Albânia, a Ucrânia, e até a Turquia, irão ter que esperar um
longo período para poderem aceder às conversações de adesão à UE. É que não é
possivel, com um orçamento tão limitado, acolher mais candidatos. Se a UE não
tiver um orçamento maior, não vale a pena iludir os europeus, nem os candidatos
que estão em fila de espera. Vimos o desconforto sentido pelos 10 novos membros,
quando assistiram ao falhanço na aprovação do orçamento, em Junho; vimos ainda
a cena patética, protagonizada por estes países, quando estavam prontos a aceitar
uma redução substancial nos subsídios a que tinham direito... para assim evitarem
o colapso na aprovação do orçamento. Porque os ricos não prescidiam dos rebates.
De resto, a Turquia, que nalguns sectores tem avançado, mas que noutros ainda
está muito atrasada, está agora a colocar em cheque a sua adesão à UE, tudo por
causa do julgamento do escritor Orhan Pamuk, por escrever sobre o massacre dos
arménios durante a I Grande Guerra... Isto não é possivel, num país candidato a
entrar na UE, com negociações tão adiantadas, e após 30 anos de pedir a adesão...
MEA CULPA: "O João Tunes, o Evaristo, e o LNT, duma maneira natural e
simples, enobreceram outra vez a blogosfera", escreve o Besugo, recomendando
aos seus leitores para irem verificar a razão do seu reparo. O Besugo escreve de
jacto efabulações sobre a dôr de quem sofre, sobre a vida de quem escuta e zela
pelo seu semelhante; escreve, desaustinadamente, ora sobre futebol ora sobre
o incrível Luis Delgado; ainda agora escreveu, sobre as sondagens de rua, nesta
base temática: "que pensa do autógrafo do Lobo Antunes, do martelo pesado,
do óleo de ricínio, da vaselina"... Muito versátil, irriquieto e travesso, é o Besugo!
O que nos vale, é ele ter uma preceptora sempre vigilante, a Lolita, que acaba
por dizer ao Besugo para se comportar bem, arrumar a casa e dormir descansado.
(Obrigado Besugo. A blogosfera precisa de bloguistas irrequietos e insubmissos).
"Os que, de forma directa ou indirecta, nisso tomaram parte, tambem por
[aqui] continuam a passar e vão saber que são para eles estas palavras de apreço.
A blogosfera ganha muito com pessoas assim". (in Tempo dos assassinos).
Obrigado, Miguel. Na blogosfera, desde muito cedo que andamos juntos. Temos
afinidades, uma delas é a pintura. E gosto dos textos do Miguel, que às vezes
consegue dizer muito em duas linhas apenas. A blogosfera cria laços, amizades
intangíveis, uma dimensão diferente na relação com o "outro", o desconhecido.
Apesar disso, é reconfortante saber que está alguem no lado de lá, escutando,
interagindo connosco. É o eterno desejo humano: saber se haverá mais alguem
na imensidão do espaço... É bom receber um feed-back, saber que não estamos
sós... no espaço da world wide web, porque do espaço cósmico, não vem sinal...
(Em todo este caso, a maior parte do mérito cabe ao João Tunes, que denunciou
o erro que eu havia cometido, um erro histórico muito grave. Da minha parte
agradeço, mais uma vez, a lealdade e amizade dos amigos que compreenderam
o meu embaraço e aceitaram as minhas desculpas. Mais uma vez: Bem Hajam! ).
a ser o país mais importante para o avanço do projecto europeu. Vimos esse sinal
ontem, durante as reuniões que teve com Tony Blair, e de seguida com o parceiro
de sempre, a França de Jacques Chirac. Foi Angela Merkel quem tomou a iniciativa
de avançar para os breefings, e de tal modo o fez, com determinação e dinamismo,
que a maior parte dos observadores viu na chanceler alemã uma pessoa capaz de
"analizar as questões até ao pormenor, e de esconder o limite até onde pode ir"...
O Guardian e o Finantial Times elogiam Angela Merkel, e afirmam que, com ela,
é fácil dialogar, discutir as propostas, chegar a um acordo, o que não acontecia com
Schroeder, que estava mais ligado a Chirac. O resultado está à vista: os países que
entraram para a UE há um ano, vão receber mais do que estava previsto; o Reino
Unido recebe menos um bilião de euros anuais de rebate (cheque britânico) e passa
a contribuir, em termos percentuais, em igual com a França, ficando os subsídios da
PAC para rever a partir de 2008. Blair está a sofrer, com o fogo dos conservadores,
que já falam de "traição". O Reino Unido, fora do euro, tem pouco peso político.
A aprovação do orçamento da UE para o período de 2007-2013, veio colocar
um travão à adesão de novos países. Possivelmente os países como a Croácia, a
Sérvia-Montenegro, a Albânia, a Ucrânia, e até a Turquia, irão ter que esperar um
longo período para poderem aceder às conversações de adesão à UE. É que não é
possivel, com um orçamento tão limitado, acolher mais candidatos. Se a UE não
tiver um orçamento maior, não vale a pena iludir os europeus, nem os candidatos
que estão em fila de espera. Vimos o desconforto sentido pelos 10 novos membros,
quando assistiram ao falhanço na aprovação do orçamento, em Junho; vimos ainda
a cena patética, protagonizada por estes países, quando estavam prontos a aceitar
uma redução substancial nos subsídios a que tinham direito... para assim evitarem
o colapso na aprovação do orçamento. Porque os ricos não prescidiam dos rebates.
De resto, a Turquia, que nalguns sectores tem avançado, mas que noutros ainda
está muito atrasada, está agora a colocar em cheque a sua adesão à UE, tudo por
causa do julgamento do escritor Orhan Pamuk, por escrever sobre o massacre dos
arménios durante a I Grande Guerra... Isto não é possivel, num país candidato a
entrar na UE, com negociações tão adiantadas, e após 30 anos de pedir a adesão...
MEA CULPA: "O João Tunes, o Evaristo, e o LNT, duma maneira natural e
simples, enobreceram outra vez a blogosfera", escreve o Besugo, recomendando
aos seus leitores para irem verificar a razão do seu reparo. O Besugo escreve de
jacto efabulações sobre a dôr de quem sofre, sobre a vida de quem escuta e zela
pelo seu semelhante; escreve, desaustinadamente, ora sobre futebol ora sobre
o incrível Luis Delgado; ainda agora escreveu, sobre as sondagens de rua, nesta
base temática: "que pensa do autógrafo do Lobo Antunes, do martelo pesado,
do óleo de ricínio, da vaselina"... Muito versátil, irriquieto e travesso, é o Besugo!
O que nos vale, é ele ter uma preceptora sempre vigilante, a Lolita, que acaba
por dizer ao Besugo para se comportar bem, arrumar a casa e dormir descansado.
(Obrigado Besugo. A blogosfera precisa de bloguistas irrequietos e insubmissos).
"Os que, de forma directa ou indirecta, nisso tomaram parte, tambem por
[aqui] continuam a passar e vão saber que são para eles estas palavras de apreço.
A blogosfera ganha muito com pessoas assim". (in Tempo dos assassinos).
Obrigado, Miguel. Na blogosfera, desde muito cedo que andamos juntos. Temos
afinidades, uma delas é a pintura. E gosto dos textos do Miguel, que às vezes
consegue dizer muito em duas linhas apenas. A blogosfera cria laços, amizades
intangíveis, uma dimensão diferente na relação com o "outro", o desconhecido.
Apesar disso, é reconfortante saber que está alguem no lado de lá, escutando,
interagindo connosco. É o eterno desejo humano: saber se haverá mais alguem
na imensidão do espaço... É bom receber um feed-back, saber que não estamos
sós... no espaço da world wide web, porque do espaço cósmico, não vem sinal...
(Em todo este caso, a maior parte do mérito cabe ao João Tunes, que denunciou
o erro que eu havia cometido, um erro histórico muito grave. Da minha parte
agradeço, mais uma vez, a lealdade e amizade dos amigos que compreenderam
o meu embaraço e aceitaram as minhas desculpas. Mais uma vez: Bem Hajam! ).
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