2005/10/10
Não tenho muito a dizer sobre as eleições autárquicas.
Primeiro, porque se trata de eleições locais, e é nessa perspectiva que devem ser
feitas as análises; este trabalho é tarefa de políticos e sociólogos. Segundo, porque
a avaliação dos resultados já foi expendida pelos "analistas" da nossa praça através
dos canais de televisão, embora eles tenham apresentado conclusões divergentes.
As autárquicas penalizam sempre o partido que tem o poder, neste caso o PS, por
isso não admira que tenha perdido Câmaras, tanto mais que tem estado debaixo
de fogo por tudo o que é sindicatos e organismos corporativos que não querem
perder os previlégios que o Estado lhes tem dado. Tendo isto em consideração, o
PS até nem foi muito penalizado. É verdade que perdeu Lisboa, a capital do país.
O PSD sai reforçado, em número de Câmaras. Mas para além desse reforço, que
pode o PSD fazer? Reafirmar-se como um grande partido. Apenas isso.
O que fará o PSD com a sua vitória [folgada] de ontem? -- pergunta o João.
No meu concelho, em Oeiras, um terço dos eleitores votou em Isaltino Morais.
Não sendo eu do PSD, mas defendendo que em política não basta parecer honesto
-- é preciso sê-lo, sempre -- votei em Teresa Zambujo, pelo seu trabalho e pela
sua conduta ética, e por estar em condições de travar a "entrada" do candidato
outsider, sobre o qual recaiem suspeitas de peculato, enquanto a Justiça não se
pronunciar em contrário. Como cidadão, sinto-me duplamente derrotado: não só
ganhou o "vilão", como acabo de verificar que, um terço dos portugueses está-se
borrifando para a lei, para a integridade moral, os principios éticos em política,
em resumo: para as pessoas honestas... Cada um tem os princípios que tem, a
família que tem, os amigos que escolhe, os governantes que merece... Temos o
retrato do país político, com caciques, com esbanjadores, com iluminados; temos
tambem um terço de eleitores que acata, aceita e gera esta espécie de políticos.
Há alturas na vida que nos apetece desaparecer do lugar onde estamos.
É a minha situação neste momento, enquanto não "digerir" esta vivência num
lugar gerido por alguem que me custa a aceitar. Se não estivessemos em fim de
vindimas, na grande China, na província autónoma de Yugur, era para lá que
me deslocava. Consta que tem bom equipamento hoteleiro, muito barato, boas
estradas e está a tornar-se num grande centro de turismo, pois inclui parte da
antiga Rota da Seda. Tem vôos directos a partir de Pequim, Shangai, Hong-Kong
e um total de 96 companhias aéreas fazem escala em Xinjiang, capital da região.
A imagem mostra a boa casta das uvas cultivadas naquela região da China. São
enormes, os cachos, e não apresentam sinais de qualquer espécie de praga. Os
ares, o ambiente e as gentes parecem saudaveis. A chinoca tem um ar feliz!
Primeiro, porque se trata de eleições locais, e é nessa perspectiva que devem ser
feitas as análises; este trabalho é tarefa de políticos e sociólogos. Segundo, porque
a avaliação dos resultados já foi expendida pelos "analistas" da nossa praça através
dos canais de televisão, embora eles tenham apresentado conclusões divergentes.
As autárquicas penalizam sempre o partido que tem o poder, neste caso o PS, por
isso não admira que tenha perdido Câmaras, tanto mais que tem estado debaixo
de fogo por tudo o que é sindicatos e organismos corporativos que não querem
perder os previlégios que o Estado lhes tem dado. Tendo isto em consideração, o
PS até nem foi muito penalizado. É verdade que perdeu Lisboa, a capital do país.
O PSD sai reforçado, em número de Câmaras. Mas para além desse reforço, que
pode o PSD fazer? Reafirmar-se como um grande partido. Apenas isso.
O que fará o PSD com a sua vitória [folgada] de ontem? -- pergunta o João.
No meu concelho, em Oeiras, um terço dos eleitores votou em Isaltino Morais.
Não sendo eu do PSD, mas defendendo que em política não basta parecer honesto
-- é preciso sê-lo, sempre -- votei em Teresa Zambujo, pelo seu trabalho e pela
sua conduta ética, e por estar em condições de travar a "entrada" do candidato
outsider, sobre o qual recaiem suspeitas de peculato, enquanto a Justiça não se
pronunciar em contrário. Como cidadão, sinto-me duplamente derrotado: não só
ganhou o "vilão", como acabo de verificar que, um terço dos portugueses está-se
borrifando para a lei, para a integridade moral, os principios éticos em política,
em resumo: para as pessoas honestas... Cada um tem os princípios que tem, a
família que tem, os amigos que escolhe, os governantes que merece... Temos o
retrato do país político, com caciques, com esbanjadores, com iluminados; temos
tambem um terço de eleitores que acata, aceita e gera esta espécie de políticos.
Há alturas na vida que nos apetece desaparecer do lugar onde estamos.
É a minha situação neste momento, enquanto não "digerir" esta vivência num
lugar gerido por alguem que me custa a aceitar. Se não estivessemos em fim de
vindimas, na grande China, na província autónoma de Yugur, era para lá que
me deslocava. Consta que tem bom equipamento hoteleiro, muito barato, boas
estradas e está a tornar-se num grande centro de turismo, pois inclui parte da
antiga Rota da Seda. Tem vôos directos a partir de Pequim, Shangai, Hong-Kong
e um total de 96 companhias aéreas fazem escala em Xinjiang, capital da região.
A imagem mostra a boa casta das uvas cultivadas naquela região da China. São
enormes, os cachos, e não apresentam sinais de qualquer espécie de praga. Os
ares, o ambiente e as gentes parecem saudaveis. A chinoca tem um ar feliz!
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