2005/08/31
As palavras do poeta soaram a pouco, a ambiguidade em demasia, nada de valor.
Manuel Alegre não quer vir a ser julgado por dividir o Partido Socialista. Mas não
é essa, certamente, a principal razão para desistir da sua candidatura. É a falta de
apoios dentro do partido, a cujo aparelho se submetem, obdientemente, os orgãos
regionais. Mas o poeta Manuel Alegre, ainda nos deve uma clarificação, que deverá
fazer no tempo oportuno. O poeta não pode calar, não pode ser ambíguo, deve ser
claro e dizer a verdade. Manuel Alegre continua acantonado no "quadrado" onde
se meteu, julgando que essa forma geométrica seria a mais útil para o seu combate,
mas o poeta nunca deveria "encurralar-se" numa figura geométrica fechada; devia
antes optar por uma "linha", a linha vertical, ascendente, que define a rectidão e a
verdade, que separa a vida da morte e ilumina o percurso dos justos.
O animal político, que sempre afirmou ser contrário às ideias defendidas por José
Sócrates, deu o dito por não dito, e voltou agora à política. Para quê, com que fim?
Para rejeitar as medidas legislativas e o programa reformista de José Sócrates?
Para instaurar o "Bloco Central"? Para satisfazer as reivindicações de Francisco
Louçã e Jerónimo de Sousa, que lhe vão conceder o seu voto? Ou terá Mário Soares
posto as suas ideias na gaveta, para satisfazer apenas o seu gosto pelo poder?
E tudo o furacão levou... A Natureza parece estar zangada com os EUA.
Para a maioria dos portugueses acabou-se hoje o tempo de férias. Vamos entrar
em Setembro apreensivos, pessimistas, desiludidos. As famílias vão sentir na bolsa
o custo dos livros, cadernos e outro material escolar. Os filhos vão regressar às
aulas na esperança de alcançarem o sucesso e o mérito. É tempo de trabalho (para
quem o tem) e de desespero para os desempregados e os que buscam o primeiro
emprego. Os sindicatos da FP preparam-se para greves e manifestações contra o
Governo; da parte deste, esperam-se mais medidas para o futuro do país, mas
tambem uma avaliação do que está feito e do que há para fazer, se há resultados
animadores, e como vai o Governo cumprir e levar à prática os projectos do PIIB.
No meio de tudo isto, vamos ter, a par da novela das presidenciais, a campanha
eleitoral para as autarquias. Será uma chinfrineira local, que não deve afectar o
trabalho do Governo, pois este tem que projectar o Orçamento para 2006...
(Parafraseando o Carmona santanista: vamos arregaçar as mangas, vamos a isto).
O povo xiita não é sereno... Morreram 695 xiitas hoje, em Bagdade, por
fuga precipitada, depois de uma multidão a caminho da mesquita ter sido atingida
por um rocket e alguem ter dito que havia um bomba-suicida entre eles... Uns
lançaram-se ao rio Tigre outros precipitaram-se em fuga, atropelando milhares
de peregrinos, entre crianças e mulheres. As mães é quem mais sofre no Iraque.
Na imagem vêem-se os milhares de sapatos e chinelos deixados pela estrada.
Manuel Alegre não quer vir a ser julgado por dividir o Partido Socialista. Mas não
é essa, certamente, a principal razão para desistir da sua candidatura. É a falta de
apoios dentro do partido, a cujo aparelho se submetem, obdientemente, os orgãos
regionais. Mas o poeta Manuel Alegre, ainda nos deve uma clarificação, que deverá
fazer no tempo oportuno. O poeta não pode calar, não pode ser ambíguo, deve ser
claro e dizer a verdade. Manuel Alegre continua acantonado no "quadrado" onde
se meteu, julgando que essa forma geométrica seria a mais útil para o seu combate,
mas o poeta nunca deveria "encurralar-se" numa figura geométrica fechada; devia
antes optar por uma "linha", a linha vertical, ascendente, que define a rectidão e a
verdade, que separa a vida da morte e ilumina o percurso dos justos.
O animal político, que sempre afirmou ser contrário às ideias defendidas por José
Sócrates, deu o dito por não dito, e voltou agora à política. Para quê, com que fim?
Para rejeitar as medidas legislativas e o programa reformista de José Sócrates?
Para instaurar o "Bloco Central"? Para satisfazer as reivindicações de Francisco
Louçã e Jerónimo de Sousa, que lhe vão conceder o seu voto? Ou terá Mário Soares
posto as suas ideias na gaveta, para satisfazer apenas o seu gosto pelo poder?
E tudo o furacão levou... A Natureza parece estar zangada com os EUA.
Para a maioria dos portugueses acabou-se hoje o tempo de férias. Vamos entrar
em Setembro apreensivos, pessimistas, desiludidos. As famílias vão sentir na bolsa
o custo dos livros, cadernos e outro material escolar. Os filhos vão regressar às
aulas na esperança de alcançarem o sucesso e o mérito. É tempo de trabalho (para
quem o tem) e de desespero para os desempregados e os que buscam o primeiro
emprego. Os sindicatos da FP preparam-se para greves e manifestações contra o
Governo; da parte deste, esperam-se mais medidas para o futuro do país, mas
tambem uma avaliação do que está feito e do que há para fazer, se há resultados
animadores, e como vai o Governo cumprir e levar à prática os projectos do PIIB.
No meio de tudo isto, vamos ter, a par da novela das presidenciais, a campanha
eleitoral para as autarquias. Será uma chinfrineira local, que não deve afectar o
trabalho do Governo, pois este tem que projectar o Orçamento para 2006...
(Parafraseando o Carmona santanista: vamos arregaçar as mangas, vamos a isto).
O povo xiita não é sereno... Morreram 695 xiitas hoje, em Bagdade, por
fuga precipitada, depois de uma multidão a caminho da mesquita ter sido atingida
por um rocket e alguem ter dito que havia um bomba-suicida entre eles... Uns
lançaram-se ao rio Tigre outros precipitaram-se em fuga, atropelando milhares
de peregrinos, entre crianças e mulheres. As mães é quem mais sofre no Iraque.
Na imagem vêem-se os milhares de sapatos e chinelos deixados pela estrada.
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