2005/07/14
Os ataques terroristas de Londres serviram, mais uma vez, para os apóstolos
da "guerra preventiva" sairem da toca, e virem agora dizer-nos que o terrorismo
vai continuar a atacar, porque isso "está escrito nas estrelas". Vestem roupagem de
"comentadores", "analistas", "repórteres", gente iluminada, isenta no arrolamento.
Chegam a falar como se fossem generais, historiadores, visionários do futuro. Com
eles a palrar, resta-nos um mundo de parlapier, onde o ruído deixa esconder o real.
Veja-se o caso de José Manuel Fernandes, no seu editorial de hoje: cita a I Guerra,
depois a II para poder levar a água ao seu moínho. Fala da "fibra velha e serena
democracia" dos londrinos, que resistem... Mas hoje a Inglaterra é diferente, é uma
mescla de raças... e são eles, os nascidos por lá, que se matam e assassinam outros.
Já o José Pacheco Pereira, vem afirmar que tambem nós estamos ameaçados.
"Algures, perto de si, acabará por explodir uma bomba" -- escreve o historiador do
comunismo. "Tal como dois e dois serem quatro" -- confirma, esfregando as mãos
de contente. "É por isso que não basta bater no peito" [...] "É tambem por isso que
poucas vezes" [...] "É importante perceber que" [...] "Já disse e repito que nesta
questão do terrorismo"... Pacheco está magoado por ver os europeus "escarnecer
do Patriot Act", fala da tradição da nossa cultura, raciocina, volta a raciocinar, cita
Nietzsche, Netchaiev, Sade e Bin Laden; mete-se na "cabeça do Hitler de 1933 e
1945" e diz que "quando se está em guerra corre-se em frente". "Vem na Ilíada".
Elogia Alexandre o Grande, a luta dos "ingleses contra os zulus". "Ou nós ou eles".
Quando as pessoas "soltam a mente (a língua)" ... e não escutam a sua intuição, só
dizem disparates. Raciocinar, é andar às voltas, contravoltas, a correr, a rastejar,
numa dialéctica sem fim... Nunca se chega à verdade. Há sempre algo mais a dizer,
nunca admitimos que não temos a verdade. Comparar ontem, o ano passado, as
guerras de há 100 anos, as condições de vida no tempo das Cruzadas, tudo isto
com o dia de hoje, com o futuro que há-de chegar, e ninguem sabe o que vai ser,
é uma enormidade a que só os palradores se atrevem a comentar, a vaticinar.
Para alem destes dois apóstolos da guerra, que falam dela como se fossem
generais, temos a crónica do General José Loureiro dos Santos, que à data relatou
as manobras da Coligação no Iraque, com isenção e com conhecimento cabal do
que é o TO (teatro de operações). Pois o General Loureiro dos Santos, despiu a
farda de oficial do EME para chamar à atenção todos os que são estrategas de
lápis e papel: "Não invocar a palavra estratégia em vão". O tiro do General tem
como alvo, não o terrorismo ou a guerra, mas o PIIP-Plano de Investimento das
Infra-estruturas Prioritárias, do Governo. Não admira, pois os oficiais do EME
tem competências na matéria. Loureiro dos Santos dá prioridade ao investimento
no turismo, à expansão da banda larga, à energia eólica e lamenta que a energia
solar não seja tida em conta. Mas está céptico quanto à "estratégia" para o TGV
e muito crítico com o novo aeroporto da OTA. Dois investimentos que requerem
muita atenção, muita soma de avalições para que a "estratégia" não saia errada.
VIVE LA FRANCE!... Viva o 14 de Julho!... Viva a Europa!...
da "guerra preventiva" sairem da toca, e virem agora dizer-nos que o terrorismo
vai continuar a atacar, porque isso "está escrito nas estrelas". Vestem roupagem de
"comentadores", "analistas", "repórteres", gente iluminada, isenta no arrolamento.
Chegam a falar como se fossem generais, historiadores, visionários do futuro. Com
eles a palrar, resta-nos um mundo de parlapier, onde o ruído deixa esconder o real.
Veja-se o caso de José Manuel Fernandes, no seu editorial de hoje: cita a I Guerra,
depois a II para poder levar a água ao seu moínho. Fala da "fibra velha e serena
democracia" dos londrinos, que resistem... Mas hoje a Inglaterra é diferente, é uma
mescla de raças... e são eles, os nascidos por lá, que se matam e assassinam outros.
Já o José Pacheco Pereira, vem afirmar que tambem nós estamos ameaçados.
"Algures, perto de si, acabará por explodir uma bomba" -- escreve o historiador do
comunismo. "Tal como dois e dois serem quatro" -- confirma, esfregando as mãos
de contente. "É por isso que não basta bater no peito" [...] "É tambem por isso que
poucas vezes" [...] "É importante perceber que" [...] "Já disse e repito que nesta
questão do terrorismo"... Pacheco está magoado por ver os europeus "escarnecer
do Patriot Act", fala da tradição da nossa cultura, raciocina, volta a raciocinar, cita
Nietzsche, Netchaiev, Sade e Bin Laden; mete-se na "cabeça do Hitler de 1933 e
1945" e diz que "quando se está em guerra corre-se em frente". "Vem na Ilíada".
Elogia Alexandre o Grande, a luta dos "ingleses contra os zulus". "Ou nós ou eles".
Quando as pessoas "soltam a mente (a língua)" ... e não escutam a sua intuição, só
dizem disparates. Raciocinar, é andar às voltas, contravoltas, a correr, a rastejar,
numa dialéctica sem fim... Nunca se chega à verdade. Há sempre algo mais a dizer,
nunca admitimos que não temos a verdade. Comparar ontem, o ano passado, as
guerras de há 100 anos, as condições de vida no tempo das Cruzadas, tudo isto
com o dia de hoje, com o futuro que há-de chegar, e ninguem sabe o que vai ser,
é uma enormidade a que só os palradores se atrevem a comentar, a vaticinar.
Para alem destes dois apóstolos da guerra, que falam dela como se fossem
generais, temos a crónica do General José Loureiro dos Santos, que à data relatou
as manobras da Coligação no Iraque, com isenção e com conhecimento cabal do
que é o TO (teatro de operações). Pois o General Loureiro dos Santos, despiu a
farda de oficial do EME para chamar à atenção todos os que são estrategas de
lápis e papel: "Não invocar a palavra estratégia em vão". O tiro do General tem
como alvo, não o terrorismo ou a guerra, mas o PIIP-Plano de Investimento das
Infra-estruturas Prioritárias, do Governo. Não admira, pois os oficiais do EME
tem competências na matéria. Loureiro dos Santos dá prioridade ao investimento
no turismo, à expansão da banda larga, à energia eólica e lamenta que a energia
solar não seja tida em conta. Mas está céptico quanto à "estratégia" para o TGV
e muito crítico com o novo aeroporto da OTA. Dois investimentos que requerem
muita atenção, muita soma de avalições para que a "estratégia" não saia errada.
VIVE LA FRANCE!... Viva o 14 de Julho!... Viva a Europa!...
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