2005/06/26

 
No seu 1/4 de página no "Público" de hoje, o avater Vasco P Valente, vem
explicar "a futilidade do exercício [feito pelo Governo] de salvar a pátria pela
educação". Diz o Vasco: "as crianças sabem por irmãos, por primos, por amigos,
que o esforço e a disciplina de estudar não as leva longe. As famílias, que sabem o
mesmo, não insistem". Depois, a concluir a sua prédica, diz o Vasco: "a educação
escolar, nunca em parte alguma conseguiu acabar com o atraso". E remata ainda
com o seguinte: "o atraso provoca a incompetência, a ignorância e a ileteracia".
Soluções? Não. O Vasco não tem ideias. Vive encafuado, com uma corja de diabos.

Já o grande mestre da perífrase, António Barreto, faz um "Retrato da Semana"
sobre a "energia do poder" [de José Sócrates], que até mereceu o reparo de José
Manuel Fernandes no seu editorial, apelidando-o de "diagnóstico pertinente" aos
100 dias de Governo de José Sócrates. Enquanto o JMF diz que "o estilo não é
tudo", Barreto diz que Sócrates, com o seu discurso, tem obrigado os previligiados
e os corpos profissionais a reagir e a sair da toca. O que Sócrates pretende, diz
Barreto, é solicitar o apoio do povo contra os "malandros". O que Barreto chama
de "malandros", são os funcionários públicos.
António Barreto, não parece viver neste país. Na verdade ele ainda não se deu
conta "dos aumentos de impostos, do IMI, das propinas, das portagens, da água,
dos combustíveis, dos transportes"[...] "Esse dia ainda não chegou"-- escreve AB.
Apesar de tudo, António Barreto, neste seu retrato, parece-me mais justo para
com José Sócrates. Talvez por AB estar em Vila Real, no solar da Casa de Mateus,
num ambiente mais propício á reflexção e ao contemplamento das coisas reais.
Barreto acha que o primeiro-ministro é "franzino, mas Sócrates sabe o que vale
a energia", que em inglês se escreve power. Barreto está melhor, mas ainda não
apresenta sugestões. É possivel que um dia lá chegue...

Nos dias que passam, faltam-nos algumas referências, mas sobram-nos
outras, como "mercado", "neo-liberalismo", "liderança". Na China, esquecida
e enterrada que está a "Revolução Cultural", cuidam agora dos ícones da sua
herança histórica, sem deixar de avançar pelos caminhos do desenvolvimento
económico e social. No noroeste, em Shenyang, tratam do restauro da pintura
do "Grande Timoneiro" Mao Tze Tung, fundador da República Popular da China.


STOP AO TERROR NO IRAQUE:
Mossul, dia 26: 3 explões, 29 mortos, 26 feridos.





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