2005/03/12
HELENA MATOS, uma cronista de direita, geralmente escreve sobre temas
pertinentes, com acutilância e sageza. Mas nem sempre consegue ser imparcial.
O verbo corre-lhe para o torto, apesar de ser de direita... Esta semana, no Público,
vem discorrer sobre "propaganda". Mais para atacar Zapatero do que explanar
sobre o tema escolhido. Para HM, propaganda é Zapatero "apelar aos meios de
comunicação social para não repetirem as imagens demasiado cruas do atentado"
[do 11 de Março, em Madrid]. Segundo HM, com esta sugestão, Zapatero pretende
"fazer sobressair outras [imagens], as das ruas cheias de gente com cartazes onde
se associava Aznar a Bin Laden, Bush a Hitler e onde se fazia equivaler a paz à
retirada do Iraque". Neste ponto, HM vai aos arames! Barafusta, fala em langue
de bois, e depois acaba por cair nos métodos utilizados pelo "grupo do Caldas",
ao comparar as declarações dos prisioneiros resgatados no Iraque, com posssiveis
casos ocorridos durante os tempos da Gestapo... Isto é um discurso capcioso,
mefistofélico, sem consistência nem equivalência nos factos subjacentes.
A FORMAÇÃO DO GOVERNO está concluida. E parece ter gente capaz.
No entanto, dentro do PS nota-se uma grande desilusão, um enorme desalento.
Falta ao Governo, o Ministério da Igualdade, queixam-se as mulheres. Noutros
casos ouve-se dizer que Sócrates se esqueceu da "paridade", do valor feminino.
E têm razão, todas aquelas socialistas que, desde o início, apelaram à inclusão
de maior percentagem de mulheres no Governo. Não acredito que no PS não
se encontrem mulheres com competência para esta fase do Governo Sócrates.
Mas agora, até os homens do PS, os militantes que andaram a fazer campanha
para que o partido ganhasse as eleições, começam a dizer que foram esquecidos.
Porque nem todos foram chamados para o Governo. Porque no executivo está
gente que não trabalhou no PS, nem fez campanha para o PS chegar à vitória.
Haverá gente competente e dedicada que poderia desempenhar cargos de
alta responsabilidade, é certo. Mas o Governo, em minha opinião, é abrangente,
satisfazendo assim, grande parte do eleitorado que, votando agora no PS, não
quer dizer que seja socialista. Além disso, o Projecto Tecnológico, extensivo ao
Fórum Novas Fronteiras, tem gente muito competente, embora não esteja
filiada no PS, mas que era justo e necessário incluir na equipa deste Governo.
The show must go on... Quando o espectáculo está a decorrer, não pode
haver deslizes, percalços, confusão... ainda que um dos actores perca o sapato.
pertinentes, com acutilância e sageza. Mas nem sempre consegue ser imparcial.
O verbo corre-lhe para o torto, apesar de ser de direita... Esta semana, no Público,
vem discorrer sobre "propaganda". Mais para atacar Zapatero do que explanar
sobre o tema escolhido. Para HM, propaganda é Zapatero "apelar aos meios de
comunicação social para não repetirem as imagens demasiado cruas do atentado"
[do 11 de Março, em Madrid]. Segundo HM, com esta sugestão, Zapatero pretende
"fazer sobressair outras [imagens], as das ruas cheias de gente com cartazes onde
se associava Aznar a Bin Laden, Bush a Hitler e onde se fazia equivaler a paz à
retirada do Iraque". Neste ponto, HM vai aos arames! Barafusta, fala em langue
de bois, e depois acaba por cair nos métodos utilizados pelo "grupo do Caldas",
ao comparar as declarações dos prisioneiros resgatados no Iraque, com posssiveis
casos ocorridos durante os tempos da Gestapo... Isto é um discurso capcioso,
mefistofélico, sem consistência nem equivalência nos factos subjacentes.
A FORMAÇÃO DO GOVERNO está concluida. E parece ter gente capaz.
No entanto, dentro do PS nota-se uma grande desilusão, um enorme desalento.
Falta ao Governo, o Ministério da Igualdade, queixam-se as mulheres. Noutros
casos ouve-se dizer que Sócrates se esqueceu da "paridade", do valor feminino.
E têm razão, todas aquelas socialistas que, desde o início, apelaram à inclusão
de maior percentagem de mulheres no Governo. Não acredito que no PS não
se encontrem mulheres com competência para esta fase do Governo Sócrates.
Mas agora, até os homens do PS, os militantes que andaram a fazer campanha
para que o partido ganhasse as eleições, começam a dizer que foram esquecidos.
Porque nem todos foram chamados para o Governo. Porque no executivo está
gente que não trabalhou no PS, nem fez campanha para o PS chegar à vitória.
Haverá gente competente e dedicada que poderia desempenhar cargos de
alta responsabilidade, é certo. Mas o Governo, em minha opinião, é abrangente,
satisfazendo assim, grande parte do eleitorado que, votando agora no PS, não
quer dizer que seja socialista. Além disso, o Projecto Tecnológico, extensivo ao
Fórum Novas Fronteiras, tem gente muito competente, embora não esteja
filiada no PS, mas que era justo e necessário incluir na equipa deste Governo.
The show must go on... Quando o espectáculo está a decorrer, não pode
haver deslizes, percalços, confusão... ainda que um dos actores perca o sapato.
Subscrever Mensagens [Atom]