2005/03/09

 
ANA SÁ LOPES, NO "PÚBLICO" DE HOJE, faz uma resenha do essencial
do discurso que Freitas do Amaral fez durante os últimos tres anos contra a
política imperial de George Bush. Só os hipócritas, os vassalos e os bajuladores
são incapazes de reconhecer a justeza das críticas do novo MNE. Deixo aqui apenas
um caso: "Em 12 de Setembro de 2002, na revista Visão, o futuro MNE escreve:
Quando Bush mantém em Guantánamo, há mais de seis meses, prisioneiros de
guerra taliban, recusando-se a cumprir as Convenções de Genebra, ninguem lhe
grita: "Mas isso era o que faziam os nazis!" Quando Bush cria por decreto
presidencial (e não por lei do Congresso) tribunais de excepção para julgar
suspeitos de terrorismo sem as garantias mínimas devidas à defesa em processo
penal, ninguem se lembra que foi isso que fizeram todos os fascismos!"


AINDA SOBRE O NOVO MNE, na mesma página do "PÚBLICO", Teresa de
Sousa faz uma abordagem diferente, mais conforme os trâmites da diplomacia.
"Pode alguem que comparou públicamente o presidente dos EUA a Hitler,
desempenhar o cargo sem prejuizo para a acção externa do Estado português?"
-- pergunta Teresa de Sousa. Os tempos são outros, a situação é agora diferente.
Nem Freitas do Amaral vai dizer mais o que disse, nem George Bush vai agora
cometer os êrros anteriores. Ele veio à Europa mostrar que não prescinde do
apoio de todos. Teresa de Sousa diz que "o Iraque dividiu profundamente a
União", mas a verdade é que foi Bush, e não o Iraque, quem dividiu os europeus.
Lembra Teresa de Sousa que, "a crise iraquiana mostrou à evidência uma
Europa dividida", esquecendo-se de referir que, ao agir à margem das Nações
Unidas, George Bush não dividiu só a Europa, mas a opinião pública de todo
o mundo. Os actos pertencem a quem os comete, não ao lugar onde acontecem.

No Teatro Folies Bergère, em Paris, está em cena um bom espectáculo.





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]