2006/10/04

 
SUSPEIÇÃO...

"Pode o Diário de Notícias, sff, esclarecer os seus leitores?
O que é que se passou com a notícia, no passado dia 16 [de Setembro], sobre a
escolha do PGR? O jornal foi induzido em erro? Houve uma fonte que utilizou o
jornal para verificar? Se sim, quem? Ou o erro foi da exclusiva responsabilidade
do jornal?" (Paulo Gorjão, no Bloguítica, insistentemente, mas sem resposta).

Como leitor do Diário de Notícias, Paulo Gorjão, ou qualquer outro leitor, tem
o direito de questionar o "seu" jornal. E, o Diário de Notícias, tem o dever de
atender as questões colocadas pelos seus leitores. Se assim o não fizer, o DN está
a alhear-se dos seus leitores, e a falhar as mais elementares regras da liberdade
de opinião. Não acredito que o DN, que é um dos jornais com mais espaço dedicado
aos blogues, não tenha, até agora, conhecimento da questão colocada por Paulo
Gorjão. Custa-me a crer em tal hipótese, dado que o Bloguítica já foi citado, por
mais do que uma vez, na secção que o DN dedica aos blogues...
A este respeito, cabe aqui lembrar que Paulo Gorjão já esteve envolvido numa
outra questão-- à qual aderiu grande número de blogues --na qual o jornal visado
era o Público, e dizia respeito a Fátima Felgueiras. O jornal informara que, "altos
dirigentes do PS" haviam falado com FF antes desta desembarcar no aeroporto,
após o seu regresso/exílio no Brasil. Nunca se soube quais foram os dirigentes do
PS, e JMF, um mes depois, num programa da Dois, prometeu dar mais novidades
passadas que fossem as eleições autárquicas, às quais FF concorria... Até hoje...
JMF nunca mais respondeu às questões que lhe haviam sido colocadas...

Os nossos jornais de referência não têm grande respeito pelos seus leitores.
É verdade que mantêm o espaço "Cartas ao Director", tal como acontecia dantes,
e, apesar de exigirem a total identificação do leitor, estes nem sempre conseguem
ver as suas cartas publicadas. Hoje em dia, com o correio electrónico e a blogosfera,
a interactividade com os jornais é cada vez maior, mas a "censura" e a sobranceria
dos editores, acabam por limitar essa interactividade... E este procedimento, vai
acabar com os jornais, num futuro não muito distante... Apesar de tudo, jornais
como o New York Times, The Guardian, El País e o Le Monde esforçam-se por
atender as questões colocadas pelos seus leitores, e, sobretudo, assumem as suas
faltas e incorrecções, sejam elas por notícias com origem em "fontes" não credíveis,
por artigos de opinião falaciosos ou reportagens cedidas por free-lancers...

Manifestação da Greenpeace, no México, contra o milho genéticamente modificado.

Nos EUA o direito de cidadania é mais efectivo, e os media são pressionados
a retratar-se, sempre que publicam imprecisões -- ou quando exercem a censura
pressionados pelos diversos lóbis governamentais. Para os que dizem que nos EUA
não há censura, aconselha-se uma visita aqui, aqui, e aqui. É uma simples amostra.
Por exemplo aqui, dá-se notícia de um encontro [de civilizações?] entre Rabis
Judeus Ortodoxos e Ahmadinjad no Hotel Intercontinental de Nova Yorque, em
21 de Setembro, à margem da AG das Nações Unidas. Uma notícia censurada...

Encontro de Rabis judeus ortodoxos com o chefe do "Eixo do Mal",
no dia 21 de Setembro, no Intercontinental Hotel, em Nova Iorque.





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