2006/10/10

 
GUERRILHAS...

"Os antagonismos entre culturas não são por causa da cultura ou da civilização,
mas devem-se a decisões políticas, a matérias geográficas e políticas, à história.
As civilizações não estão estruturadas internamente para serem antagonistas.
A civilização africana opunha-se à civilização cristã ocidental? Não. Não havia
choque até haver uma política de colonização. E o mesmo se pode dizer de outras
situações
". (Homi Bhabha, académico indiano, investigador em Harvard).

Desta vez, a direita e os indefectíveis da política americana, não podem acusar
a Academia, que atribui os Prémios Nobel, de estar a fazer propaganda anti-Bush.
É que, este ano, já foram atribuidos 5 Prémios Nobel 5 aos cientistas americanos!

A PROVOCAÇÃO...

O Guardian, que não é indefectível de Bush, apoia as sanções duras que
a comunidade internacional venha a impor à Coreia de Kim Il-Sung... No Irão,
a agência IRNA, informa que o fabrico de armas nucleares, é contra a doutrina
do Islão e a fé dos seus crentes. Foi o líder supremo, ayatollah Ali Khameney,
que em Maio de 2005, decretou e fez saber que tais armas são incompatíveis
com a vontade do Profeta... Na verdade o Irão defende o enriquecimento de
urânio para fins pacíficos, e a AIEA tem acesso às instalações nucleares. O que
não acontecia com a Coreia do Norte. Falta provar a sinceridade de Teerão.

Após o "acto provocatório" de Kim Il-Sung, os analistas políticos iniciaram,
para a opinião pública, as aulas do historial nuclear, fazendo enfâse nos países
que compôem o clube: EUA, Rússia, França, Inglaterra, China, India, Paquistão.
Mas ocultando sempre o nome de Israel... como se o mundo desconhecesse o seu
arsenal nuclear, instalado sob as areias do Negueve, em Dimona, tal como foi
contado e denunciado por Murdachai, o cientista judeu envolvido no projecto.
E nada dizem sobre a decisão de Bush em fornecer urânio e reactores à India,
sem ter consultado a Austrália, que estava a cumprir o TNP, não vendendo o
urânio à India nem à China... Neste momento está a aproveitar os negócios...
Após o unilateralismo de Bush, iniciou a venda de urânio, e mais: a China avançou
com a exploração de minas australianas, por conta própria e em sociedade com
outros. Agora é o Egipto, a Arábia Saudita, o Brasil e a África do Sul que tambem
querem possuir projectos de energia nuclear. Vamos ver como vai ser...

O embargo comercial, turístico e financeiro que vai ser proposto para
"castigar" Pyongyang, de pouco vai servir, tal como o "bloqueio a Cuba", que
já dura há mais de 40 anos... E ainda ninguem morreu. Não interessa por que
a Coreia do Norte optou pelo nuclear. Quem forneceu a tecnologia foi a antiga
União Soviética e a China. O projecto já vem de longe. O que Kim Il-Sung quer,
é ser reconhecido pela comunidade internacional. Dêem-lhe essa alegria... Para
o poder controlar. Mas deixem essa tarefa para a China e a Rússia, que são as
únicas potências nucleares que entendem a Coreia, que têm fronteiras com
o "Axis of Evil", e têm historial diplomático com o regime de Kim-Il-Sung.
(Quando a URSS implodiu, meio mundo regozijou-se e festejou a queda do Muro
de Berlim, esquecendo tudo o mais... até o controlo das armas nucleares, que
ficaram à guarda de ninguem, quando a "Família Ieltsin" governou em vodka).

A primeira medida da Austrália, foi mandar embora o embaixador coreano.





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