2006/07/05

 
EMIGRANTE EM FRANÇA...

"Parece impossível mas é verdade: o combate heróico que virtualmente nos espera,
na visão do L'Equipe ou do Fígaro ou da outra imprensa, não é o do confronto da
da pátria de Figo e a de Zidane. O match de hoje é descrito pela imprensa francesa
como uma espécie de revanche dos brasileiros Scolari e Deco contra essa França
que humilhou os anjos da bola. É um combate auriverde e nós, portugueses, os
"magriços" do Brasil. Há pior emprego. É uma surpresa pelo menos na óptica dessa
leitura francesa -- tão "maravilhosa" que nem se sabe como glosá-la. É a primeira
vez que de fora dessa pátria das luzes somos associados ao Brasil, só precisamos que
o Brasil se associe a esta visão francesa. Já ganhámos tudo mesmo se perdermos".
(Eduardo Lourenço, emigrante em França, ensaísta e professor aposentado da
Universidade de Nice, que desde 1988 optou por viver em Vence, região de Nice,
após uma vida a leccionar em Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Grenoble e em
Salvador da Baía, Brasil. Um olhar atento e sensível para o fenómeno do futebol).

Exercícios no trapézio... Estrutura de metal gigante em forma de bola
exposta na cidade de Dortmund durante o campeonato do "W.C. 2006".

POVO REDIMIDO...

Stephen Harper, primeiro-ministro do Canadá, apresenta um pedido de
desculpas a Ralph Lee, sobrevivente das "head tax" que foram impostas aos
imigrantes chineses obrigados a trabalhar na construção dos caminhos-de-ferro
canadianos, que vão de costa a costa, do Atlântica até ao Pacífico, a maior parte
em zonas de neve e gelo eterno... Todos os membros da familia eram obrigados
a trabalhar na Canadian Pacific Railways. Em 1885 cada chinês pagava ao Estado
uma taxa de 50 dolares canadianos, tendo atingido, em 1903, os 500 dolares/ano.
Em 1923 a China proibiu a saida de emigrantes, e a "head tax" foi abolida.
Só em 1947 voltou a haver emigração de chineses para o Canadá.
(Ainda me lembro dos tempos em que, em Lisboa, os chineses eram todos
vendedores de gravatas, pequeninos e derreados com a carga... Ninguem dava
atenção aos chinocas, que eram desprezados, e vindos de Macau -- concerteza.)







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