2006/06/06

 
É impressionante a "diarreia verbal" que atingiu a maior parte dos "jornaleiros"
e "palradores" de serviço nos canais de rádio, televisão e na imprensa generalista.
A qualquer hora e a qualquer momento somos confrontados com "directos" de rua,
no local dos treinos, à saída dos balneários, à porta do hotel, à hora do jantar, fora
do estádio, no Spa, na altura das massagens, na hora de dormir... Histerismo puro
e adrenalina a mais, é o menos que se pode dizer sobre este "temporal" de vozes
matraqueadas... "O que faz falta, è dar trabalho a esta malta", porque se em vez
de "paleio" tivessem que manejar o torno, moldar o ferro ou o vidro, ou resolverem
uma incógnita à mesa de trabalho -- fosse na escola, na empresa ou num gabinete
de engenharia -- eles estariam com mais contenção verbal, e teriam menos tempo
para "palrar" sobre tudo e sobre nada... Até os papagaios são mais contidos e finos
no seu papaguear. Os "jornaleiros", entrevistadores ou "pivots" só não têm tempo
para ouvir o contraditório de quem pede mais "um minuto" para explicar, quando
há debates políticos e sociais, mas têm todo o tempo do mundo para falar de bola,
e das maiores banalidades que giram á volta dela... Se isto não é alienação, o que é?

Kirujiro Yoshida, pasteleiro em Tóquio, confeccionou uma bola de
chocolate para celebrar o "W.C. 2006". Não tem mãos a medir...


A LER OS OUTROS...
"Ser profeta da desgraça tornou-se chique no Portugal dos salões e dos fóruns
radiofónicos... Bocas cheias de gafanhotos é o que não falta. Desde que a direita,
através da coligação PSD/CDS, perdeu as eleições legislativas em Fevereiro de
2005 que o muro das lamentações está concorrido. Porém, a partir das últimas
presidenciais, o coro dos que exigem medidas radicais aumenta. E se algum naipe
está mais silencioso logo acorrem os corifeus a levantar-lhes a voz e a enquadrá-los
no tom tremendista que há-de abater as muralhas de Jerusalém. Daquilo que me
é dado observar, há quem tome a complacente Constituição por a fonte de todos
os males e sobre ela orquestre as trombetas de Jericó. Uma coisa é certa: há quem
pense ser possivel a subversão do regime e o diga".
(José Medeiros Ferreira, in DN de hoje, onde escreve "Sobre o alarmismo social".
JMF lembra que "os nossos cientistas económicos e sociais deviam ler os livros
dos profetas inseridos na Bíblia" -- desde "os pessimistas Isaías e Jeremias aos
esperançosos como Ezequiel e Daniel" -- para entenderem bem o o seu papel
quando fazem estimativas e projecções". Até aqui tudo bem, mas eu fico na dúvida
se JMF sempre leu a Bíblia ou o fez apenas agora, para tirar ilações sobre a data
que passa: 06.06.06, os números que são tidos como o Dia da Besta, referenciados
por 6.6.6. Já o amigo Pepe dizia: yo no creo en brujas, pero que las hay, hay!...)

Pradaria Xilunguole, a noroeste da Mongólia Interior, China.

E agora vou preparar-me para ir até ao Estoril, onde os meus amigos esperam
por mim para mais um ágape, a realizar lá para os lados da Praia das Maçãs...





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