2006/06/09

 
COMEÇOU A LOUCURA...

Todos têm direito a ser felizes, por isso não condeno os que procuram no futebol
a alegria de viver, esquecendo, assim, a dureza da vida. Que se portem bem, sejam
felizes, mas tenham os pés bem assentes na terra, porque a felicidade não existe. É
apenas um sentimento de euforia, que alterna com outros estados de espírito mais
pesados, que nos mantêm ligados às realidades terrenas. Se assim não fosse, todos
viveríamos num mundo de sonho, de loucura, e de permanente ilusão.

Varanda adornada com as bandeiras dos 32 países que disputam o
"W.C.2006" na Alemanha... Imagem recolhida em Kolkata, na Índia.


Agora que a economia do país começava a dar sinais de recuperação robusta,
(cresceu 1% no 1º. trimeste), apareceu a loucura do "W.C.2006" para atrapalhar
a recuperação. Como se já não bastassem os cortes de "produtividade" no mes de
Junho, devido aos feriados e pontes... Com a "bola na cabeça", grande parte dos
portugueses, em vez de trabalharem produtivamente, vão passar a faltar para
sair mais cedo; a chegar mais tarde, devido ao trânsito; a prolongar a hora do
almoço para falar das equipas; a palrar com os colegas sobre o penalty ou o fora-
de-jogo; a comentar as opções de Filipão; a criticar o papel do monge Madaíl;
a ouvir as histéricas reportagens na rádio; a ver as mesas redondas de futebol
organizadas pelas televisões; a ler O Jogo, a Bola e o Record (porque um pode
dizer mais ou menos que os outros), etc. E a produtividade a baixar...

Vera Donish, modelo germânica, penteada com 32 bandeirinhas...

FORA DE JOGO...
Maria Filomena Mónica, socióloga e assistente universitária, concluiu o seu
projecto de vida, o Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), o qual levou
dez anos a realizar, em pesquisa e compilação, e teve a assistência de dezenas de
especialistas supervisionados por MFM. Numa reunião que teve lugar no ICSL,
destinada a debater O Lugar do Parlamento, apenas esteve presente um
deputado... Tudo porque MFM, em entrevista ao DN, um dia antes, disse que
"os deputados são preguiçosos, incultos e eleitos de forma errada". Esta opinião
não agradou aos deputados da Nação, que boicotaram a reunião, tendo apenas
a presença de um deputado. Como se vê, até uma reputada académica perde a
noção da realidade da vida parlamentar dos dias de hoje. Não se pode generalizar.
Nem todos os deputados são "preguiçosos, incultos". Há que ter tento na língua,
e não esquecer o "políticamente correcto". MFM tem muita razão no que diz,
mas não tem a verdade toda. Valheu-lhe o desabafo de Maria de Fátima Bonifácio
que era uma das oradoras: "A cultura média do deputado do Século XIX faria
inveja a um deputado actual". Pois é, mas hoje valoriza-se mais a inteligência,
e esta tem meios de suporte que dantes não tinha. Não se pode comparar a vida
de um deputado (de um país) do século XIX com a dos dias de hoje. Temos que ter
em conta a "teoria da relatividade": Nada é absoluto, tudo é relativo. (It's funny).

A morte de um só "cavaleiro do Apocalipse" não faz a primavera...
Ao fim do dia de ontem, junto ao Mercado de Shalal, em Bagdade,
explodiram carros armadilhados, causando 21 mortos e 27 feridos.





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