2006/02/02

 
A nossa qualidade de vida só pode melhorar se formos exigentes. Se assim não
procedermos é óbvio que as oportunidades de mudança vão passar ao nosso lado.
Neste momento o país passa por uma revolução na indústria hoteleira, sobretudo
no que respeita a restaurantes, cafés e pastelarias. Para cumprir normas da EU que
vinham sendo implementadas desde 1998 na área da higiene, segurança alimentar
e controlo sanitário, o Governo está a exigir o cumprimento daquelas normas, que
entraram em vigor no dia 1 de Janeiro. A par das condições de higiene e segurança
alimentar, os proprietários de restaurantes, cafés e afins estão obrigados a prestar
formação aos seus profissionais nas diversas áreas de serviço. Como sabemos, uma
grande parte dos profissionais, excepção para a hotelaria, nunca frequentou uma
escola profissional de turismo e restauração
. Lá trabalham, porque outra coisa não
sabem fazer, mas estão numa actividade com profunda implicação na saúde pública.
Para que haja "mudança" de mentalidades e possamos ter confiança nos produtos
que nos dão, cabe a cada um de nós sermos exigentes: seja para reclamar a factura
(acima de 9,98 euros), seja na alimentação confeccionada, seja por causa das más
instalações sanitárias, ou por quaisquer problemas verificados no estabelecimento.
Somos aquilo que comemos. Um restaurante escuro, esconde algo aos nossos olhos.

Cada vez são mais os peticionários, neste país. Dizem que se trata de um direito.
Outros dizem que é cidadania, e ainda bem, acrescentam. Mas então, no meio de
tudo isto, onde ficam os partidos políticos representados na AR? Ou será que já
ninguem acredita nos partidos e nos deputados eleitos pelo povo? Mas que vai por
aí um movimento de peticionários reivindicativos, isso vai. E complicam, com a sua
algazarra, a agenda dos políticos... e do Governo. A última petição, que me chegou
por correio electrónico, não procura assinaturas. Sugere apenas que deixemos de
comprar gasolina nas bombas das tres maiores (Galp, BP e Repsol), passando a
encher os depósitos nas mais pequenas (Cipol, Cepsa, Esso...). Os peticionários
acham que, assim, as grandes companhias vão baixar os preços... Ingénuos, não
sabem que o petróleo, em dois anos, aumentou 50 por cento para os actuais 68
dolares o barril. E que os Estados importadores, baseiam os seus Orçamentos nas
receitas de taxas e impostos sobre os produtos petrolíferos; são quase metade do
custo do produto refinado. As margens das gasolineiras não são muito altas. Não
podem ir muito alem dos 3/5 cêntimos de desconto por litro, mas este desconto,
só é viável em grande volume de vendas por posto de gasolina. Deixavamos de
comprar à GALP... para comprar à ESSO!... Vejam só, o disparate. Comprar Esso,
a maior petrolífera do mundo em pesquiza, transporte e refinação de petróleo...
Alem disso, a Esso Portuguesa -- que está em saldo -- prepara-se para arrumar
os negócios em Portugal, vendendo as poucas estações que tem, à BP ou Repsol.
Grandes patriotas me sairam estes peticionários. A Esso (ExxonMobil) é yank!


Petrodólares...

Vista aérea de Media City, no Dubai, Emiratos Árabes Unidos. Um
projecto da segunda maior imobiliário do mundo. Ao preço a que chegou
o barril de petróleo, os árabes não sabem o que fazer com o dinheiro...





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]