2006/01/11

 
Dona Constança mai lo abrupto da blogosfera, estão enfadados. Cada qual à sua
maneira, diga-se a verdade. Ela por achar que o nível do discurso eleitoral atingiu
um patamar muito rasca, ele, como sempre, por ter ideias diferentes dos outros, já
que não gosta de ser confundido com o mainstream. Confesso que, a manterem-se
as intenções de voto mostradas nas sondagens, aos candidatos perdedores só resta
uma coisa: lutarem, combaterem o "inimigo" vencedor. Ora, se o discurso eleitoral
da pré-campanha sempre esteve nivelado pelo "ataque", -- nunca pelas ideias --
não será agora que os candidatos perdedores vão mudar de linha... Daí que comece
a sentir-se um certo cansaço, alguma desilusão, o desejo de que tudo isto acabe o
mais depressa possivel. É o enfado a que se refere o abrupto mais Dona Constança,
su compañera de camino. Por mim, vou continuar a dar atenção ao que vai por aí,
para mais tarde recordar. Uma campanha é uma campanha, o que não deveria era
ter sido aceite, a rota da pré-campanha, até porque os candidatos "arrancaram"
para a estrada, cada um à sua maneira... e sem o "conta quilómetros a zero"!

Procissão de Natal ortodoxo em Tiblissi, Georgia.

"Se eu perder a culpa é minha", diz o candidato "ouvidor", admitindo já a sua
derrota. Nem parece o Super-Mário dos primeiros dias, arrogante e quezilento.
Depois de achincalhar Cavaco Silva, depois de visitar e abraçar o major Valentim,
depois de deslocar-se à Madeira e visitar o régulo local, depois de dizer que Cavaco
Silva era uma ameça para a democracia, vem agora, patéticamente, falar do "risco
de berlusconização", como se isto fosse a Itália do Sílvio, patrão de um poderoso
grupo económico, ligado à televisão, imprensa, rádio e coisas afins... O disparate,
pelos vistos, é barato e não requere censura. É penoso ver Super-Mário caminhar
para o fim do seu ciclo político, que estava fechado, mas que ele recusou assumir...
Depois de culpar a imprensa, as televisões, as rádios, os jornalistas e as sondagens
pelo fraco desempenho nestas eleições, Super-Mário vem agora dizer, em jeito de
tardia confissão: "a culpa é minha"... Mas continua a dizer que a democracia está
realmente ameaçada, provando que é um homem do "passado", sem ideias para
o presente, e menos ainda para o futuro. Não conseguiu fazer o aggiornamento.

Transporte de soldados em Strochitzy, subúrbios de Minsk, Bielorússia.

Do Norte não têm chegado notícias... Os empresários nortenhos, deixaram de
promover a "cidade do trabalho". Longe vão os tempos do Rui V. (Chico Fininho),
dos Taxi, dos GNR (Reininho), dos Trabalhadores do Comércio, dos Já Fumega,
para não falar do Conjunto Maria Albertina!... Para lutar contra este estado de
coisas, contra este marasmo do carago, insurgiu-se agora um grupo de jovens
turcos, com acantonamento nos domínios blasfemos da blogosfera, que está na
disposição de colocar o Norte na agenda política, fazendo pela Invicta mais do que
tem feito a passerelle Fashion Porto. O grupo de cidadãos constestatários apelou
ao Parlamento para seja feito um referendo sobre o aeroporto da Ota e o TGV...
A ser aceite, a petição nortenha iniciará um ciclo de referendos neste país. Mais:
dispensa-se o Governo, e passamos a ser governados através de referendos. No
entanto, quanto a mim, era melhor aguardar pelos Plano Tecnológico, para ver se
os portugueses adquirem conhecimentos suficientes para avaliarem projectos
de investimento na área de redes europeias de transporte, turismo, economia de
escala, estudos sobre embriões, investigação científica em biologia, nanotecnologia
e pesquisa de hidrocarboretos... Para dar voz ao povo, devemos dar-lhe saberes e
competências primeiro. Não será asssim?... Que raio de ideia mais blasfema...

Bagdad is Burning... Mas George Bush prefere a música "country"...





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