2005/10/06

 
O Público continua de orelhas moucas. Não ouve os seus leitores online.
Mas hoje publica mais um "Direito de Resposta", desta vez sobre o Processo
Eurominas, com breves comentários. Falta agora justificar o direito de resposta
de Fátima Felgueiras, que o Público publicou, sem comentários finais. Será que
vamos ter uma explicação, após as eleições autárquicas?... Vamos aguardar.

Mas o Público, na sua edição de hoje, conta-nos as peripécias com a lista de
candidatos do PSD à Câmara de Alter do Chão, terra natal de António Borges.
Sobre isto, só tenho a dizer que, a "queda" de António Borges em Alter do Chão
não afectará as vantagens competitivas do cavalo lusitano, nem tão pouco os
resultados trimestrais do banco de investimento Goldman Sachs, cujas acções
atingiram ontem o máximo de 118,28 dolares no índice Standard & Poor's-100.
Na terra do cavalo lusitano, o PSD vai perder a favor do MICA-Movimento de
Independentes do Concelho de Alter, cujo cabeça de lista é um ex-PSD. Porque
António Borges não soube avaliar as "variáveis" que levariam o PSD à vitória.

A nova China... Shangai, zona de Pudong, centro financeiro da Ásia.

O amigo David publicou e comentou um pequeno artigo do DN (daqueles
que na gíria jornalística se chama "tapa buracos" e nem sempre é rigorosamente
tratado), onde se diz que na China os trabalhadores têm 144 dias de férias, e, em
face disto, se perguntava: "Que pensarão disto os portugueses que deslocaram as
suas empresas para a China e criticam o nosso Código Laboral do seu insucesso?"
Ora a notícia não merece crédito, nem tão pouco onde se diz que os chineses
estavam a gozar uma semana de férias para viajar, comer e fazer compras. Basta
uma visita ao Chinanews Center, ao China Daily Web, China Inform Center para
ver que a notícia não corresponde à verdade. O que se passa é que o governo
chinês esteve a comemorar o 56 aniversário da Republica Popular Chinesa e
decretou um fim de semana longo (Golden Week) de 1 a 5 de Outubro. Não foi
portanto uma semana, mas 4 dias; quanto às férias, consultado o site da O.I.T.,
vemos que a China vai cumprindo protocolos no que respeita a horas semanais
de trabalho, dias de férias pagas, normas de segurança, etc. Ainda requere muita
monotorização, mas a China vai cumprindo, embora se saiba que nalgumas
empresas fabris se trabalha, não oito mas dez horas, e, nalguns casos trabalha-se
à peça. As férias anuais estarão entre 14 e 21 dias, conforme as actividades.

Os chineses aproveitaram a "Golden Week" para viajar no país. Para muitos
foi a primeira vez que o fizeram, em total liberdade de escolha, com meios
para pagar a viagem, o hotel, as refeições e comprar souvenires. A China
moderna preza a sua História, a sua sabedoria, o seu património... Longe vão
os tempos da Revoluução Cultural, que destruiu património que era de todos

nós... Imagem colhida no sabado, no sector de Badaling da Grande Muralha.

Na China, a fábrica do mundo, ao contrário do que se insinua no "suelto" do
DN, não haverá empresas portuguesas que tenham deslocado para lá as suas
fábricas; haverá meia dúzia, mais para servir o mercado chinês, como seja a
Sobrinca, grande fabricante de brinquedos. Portugal não tem escala para levar
as suas empresas para um mercado tão vasto. Só em regime de franchizing ou
em parteneriado sino-português. Quando muito, as nossas empresas vão para
Marrocos, Roménia, República Checa. A China é para gigantes. Há cerca de 10
anos, a EFACEC tentou fazer negócios na China, mas sem exito. No entanto, é
uma empresa com largas competências no fabrico de turbinas e motores para
centrais eléctricas, e na área da robótica tambem poderiam ir longe. Mas para
fazer negócios da China, é preciso conhecer o povo chinês, inspirar confiança
e ser determinado; ter paciência de chinês. Os nossos empresários têm pressa.





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