2005/07/01
Sempre me vez muita confusão a luta pelo poder protagonizada por alguns
autarcas, designadamente o "tio" Isaltino Morais, o "major" Valentim Loureiro e
o "cacique" Avelino Ferreira Torres. Mas, pelo que li nos últimos dias, creio que já
entendi porque é que aqueles senhores se "esforçam" por manter-se no "poleiro"
como presidentes de Câmara. Em primeiro lugar, é pelo gosto da "cadeira do poder",
pelas mordomias e pelos privilégios que dela recolhem; em segundo lugar, é pelos
vencimentos auferidos e pelos direitos a uma gorda reforma ao fim de poucos anos.
É verdade que, no segundo caso, o bodo já não vai ser como era dantes, mas ainda
podem manter as mordomias e privilégios proporcionados pela "cadeira do poder".
Ou seja, como presidentes de Câmara, os autarcas podem ainda acumular com as
funções de presidente, administrador, director ou vogal de meia dúzia de empresas
que funcionam sob a alçada da respectiva Câmara: Águas de... Metro de... Etar de...
Fundação...(qq coisa), etc. Além de receberem, ainda têm carro à disposição, ajudas
de custo, etc. Um nunca mais acabar de regalias, de privilégios, de vencimentos.
Por isso eles se desunham para não perder o "poleiro" e continuarem a ganhar.
"O candidato socialista [à Câmara de Lisboa], Manuel Maria Carrilho, tambem
conhecido como o "Manuel Maria dos Caracteres", já começou a praticar algumas
das ideias que tem para Lisboa. A mais original de todas é a inauguração da sua
sede de campanha no Saldanha, junto a um semáforo. Deste local, Manuel Maria
usufrui de uma posição privilegiada para acenar aos eleitores que passam nos
automóveis. Estes retribuem com sonoras buzinadelas e emissões de dióxido de
carbono. Com o fluir do trânsito, e não obstante as sondagens, Carrilho vai
ganhando confiança na vitória. "Isto está a correr lindamente. Cada vez mais as
pessoas gostam de me dizer adeus", declarou o candidato, ao inalar o escape de
cinco autocarros em hora de ponta". (Se não aconteceu, podia ter acontecido).
(Zipado de "O Inimigo Público", edição de hoje.).
Parece Nova Iorque, mas não é... Trata-se de uma das principais avenidas
de Pequim, capital da China. O progresso transforma o quotidiano das cidades.
autarcas, designadamente o "tio" Isaltino Morais, o "major" Valentim Loureiro e
o "cacique" Avelino Ferreira Torres. Mas, pelo que li nos últimos dias, creio que já
entendi porque é que aqueles senhores se "esforçam" por manter-se no "poleiro"
como presidentes de Câmara. Em primeiro lugar, é pelo gosto da "cadeira do poder",
pelas mordomias e pelos privilégios que dela recolhem; em segundo lugar, é pelos
vencimentos auferidos e pelos direitos a uma gorda reforma ao fim de poucos anos.
É verdade que, no segundo caso, o bodo já não vai ser como era dantes, mas ainda
podem manter as mordomias e privilégios proporcionados pela "cadeira do poder".
Ou seja, como presidentes de Câmara, os autarcas podem ainda acumular com as
funções de presidente, administrador, director ou vogal de meia dúzia de empresas
que funcionam sob a alçada da respectiva Câmara: Águas de... Metro de... Etar de...
Fundação...(qq coisa), etc. Além de receberem, ainda têm carro à disposição, ajudas
de custo, etc. Um nunca mais acabar de regalias, de privilégios, de vencimentos.
Por isso eles se desunham para não perder o "poleiro" e continuarem a ganhar.
"O candidato socialista [à Câmara de Lisboa], Manuel Maria Carrilho, tambem
conhecido como o "Manuel Maria dos Caracteres", já começou a praticar algumas
das ideias que tem para Lisboa. A mais original de todas é a inauguração da sua
sede de campanha no Saldanha, junto a um semáforo. Deste local, Manuel Maria
usufrui de uma posição privilegiada para acenar aos eleitores que passam nos
automóveis. Estes retribuem com sonoras buzinadelas e emissões de dióxido de
carbono. Com o fluir do trânsito, e não obstante as sondagens, Carrilho vai
ganhando confiança na vitória. "Isto está a correr lindamente. Cada vez mais as
pessoas gostam de me dizer adeus", declarou o candidato, ao inalar o escape de
cinco autocarros em hora de ponta". (Se não aconteceu, podia ter acontecido).
(Zipado de "O Inimigo Público", edição de hoje.).
Parece Nova Iorque, mas não é... Trata-se de uma das principais avenidas
de Pequim, capital da China. O progresso transforma o quotidiano das cidades.
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